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Negócios/Economia

É vantajoso investir em países emergentes?

Ao contrário do que alguns investidores podem pensar, principalmente aqueles com menos experiência, é possível sim investir em outros países. Em alguns casos, é uma excelente estratégia para aumentar a rentabilidade da carteira. De maneira geral, a grande maioria das pessoas sempre busca países como os Estados Unidos ou outras nações desenvolvidas, que possuem os melhores investimentos.

Isso ocorre pelo nível de confiança que se tem e pela valorização da moeda do país. Ainda mais para os investidores que possuem uma quantia significativa em dólar, é quase inevitável investir na bolsa estadunidense, ainda que seja apenas em algum ETF, como o fundo do índice S&P 500.

De todo modo, existem outras opções tão interessantes quanto para quem deseja investir fora do país. É o caso dos países emergentes, ideais para investidores comuns, de perfil um pouco mais arrojado. Vale a pena salientar que perfis conservadores devem manter a maior parte de suas aplicações em países desenvolvidos, pois garantem mais segurança.

Mesmo com instabilidade, os países emergentes são os principais responsáveis pela movimentação da economia mundial, além de serem excelentes negócios para quem visa mercados mais arriscados, mas com rentabilidade vantajosa.

Características dos países emergentes

Investir em mercados emergentes implica em alta rentabilidade. Para quem está disposto a superar as oscilações intrínsecas a esse tipo de aplicação, as taxas de crescimento valem bastante a pena. No entanto, é essencial ter em mente que a instabilidade significa maior risco de mercado, ou seja, quando determinado ativo pode trazer prejuízo por causa da diferença entre os preços de compra e de venda.

Alguns mercado são mais interessantes que outros por causa de suas particularidades e pela maneira com que outros países os vêem, como é o caso do Brasil. Entre os emergentes, esta é uma nação consolidada, com incentivos e maior estabilidade político-econômica, se comparado com outros da mesma classificação.

Na prática, está entre os menos arriscados dos emergentes. Ainda assim, é preciso ter cautela nos investimentos, pois a queda dos juros brasileiros também faz com que as aplicações se tornem menos rentáveis.

Outro ponto que merece destaque entre os emergentes são os marcos regulatórios. O suporte jurídico para atuação de instituições no país pode estimular certo receio de investidores estrangeiros. Isso ocorre também pela instabilidade política presente na maioria dessas nações; é importante salientar que é um fator a se ponderar no momento de adquirir um ativo, mas não deve ser motivo para a desistência do investimento, pois maiores os riscos, maiores também os retornos.

Afinal, vale a pena investir nos emergentes?

A máxima da relação entre risco e retorno mostra o quão interessante pode ser aplicar em países emergentes, desde que se tenha perfil adequado para isso. O “sangue frio” que esse tipo de investimento exige, com certeza, compensa a rentabilidade interessante dos ativos desses países.

Para a renda fixa, em específico, a instabilidade dos países aumenta os juros pagos ao investidor. Na prática, quem aplica em títulos públicos ou privados garante melhores rendimentos, pois as instituições necessitam de crédito com mais urgência e porque deve existir certa compensação para a fragilidade político-econômica do mercado.

A Alemanha, por exemplo, é um dos países mais seguros para se investir. No entanto, é possível que se encontre rentabilidade negativa em seus títulos. Isso mesmo: investidores que aplicam seu patrimônio no mercado alemão devem ter consciência da possibilidade de se resgatar quantias menores que as aplicadas.

Isso tem relação com a segurança máxima que o país europeu oferece. É como um banco de segurança máxima, assim o investidor utiliza o investimento alemão não para multiplicar dinheiro, mas sim para guardá-lo e protegê-lo de possíveis riscos.

Caso haja disposição para multiplicar os recursos, os países emergentes são ótimas opções para investir. O Brasil, como dito anteriormente, já não possui juros altíssimos para que os investimentos se mostrem tão arriscados e, por consequência, tão rentáveis; por isso, talvez seja o país ideal para perfis mais moderados.

Uma dica excelente é investir na bolsa de valores desses países. Trata-se de uma estratégia um pouco mais complexa, principalmente porque se deve acompanhar o cenário do país em questão, e este deve possuir uma economia crescente, organização política e certa estabilidade, mas é um investimento que pode trazer bons frutos.