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Maceió

DSTs: Saúde capacita profissionais para aconselhamento

Profissionais das unidades de saúde da capital e do sistema presidiário, além de estudantes de Enfermagem, Serviço Social e Psicologia, participaram de uma capacitação para melhorar o acolhimento de usuários quando se submetem à exames que detectam a presença de vírus adquiridos por doenças sexualmente transmissíveis, a exemplo do HIV, Aids, Sífilis e Hepatites B e C. A capacitação aconteceu nesta terça-feira (02), no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A capacitação foi conduzida pela psicóloga da Coordenação do Programa de DST/Aids, da SMS, Marília Teixeira, que também realiza aconselhamento para um grupo de mulheres soropositivas no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do PAM Salgadinho. A capacitação foi realizada com teoria no período da manhã e por meio de dramatizações de tarde, de modo que os participantes foram divididos em pequenos grupos.

“A capacitação foi muito dinâmica. Nós pudemos nos colocar nas duas situações, do atendente e do atendido. Uma forma de refletirmos a importância da qualidade desses aconselhamentos e nos humanizar ainda mais”, opinou a enfermeira residente do Programa Estratégia Sáude da Família (ESF), da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Janaína Calheiros.

Na oportunidade, os grupos estiveram focados em dramatizar várias situações de aconselhamento, a exemplo de uma abordagem com uma mulher jovem que era manicure e garota de programa. Nesta, no salão de beleza, duas clientes amigas estão conversando com ela que diz não estar se sentindo muito bem, com enjoos e dores no abdômen. Por orientação das clientes-amigas, a moça resolve procurar um CTA e realiza os exames. No aconselhamento, ela recebe a informação que não tem Aids, nem Sífilis, mas que é portadora do vírus da Hepatite B. Após o diagnóstico,a mulher recebe todas as orientações necessárias para fazer o tratamento da doença e ter uma melhor qualidade de vida.

Foi encenada também a abordagem de um homem de 54 anos que vivia na rua, usava preservativo para transar com mulheres de programa, não usava droga ilícita, mas era viciado em álcool. Uma das integrantes do grupo fez o papel de aconselhadora. Após a dramatização, o grande grupo deu opinião sobre o que foi positivo e o que poderia ter sido feito melhor.

“É rotina nossa dar o diagnóstico de Aids e Sífilis. Muito mais comum do que se pensa. A incidência é maior em homens, sejam eles heterossexuais, bissexuais ou homossexuais”, concluiu a técnica em enfermagem Raphaella Cavalcante, que trabalha no Centro de Acolhimento aos Usuários de Droga, localizado na Avenida Thomaz Espíndola, no Farol.