Centenas de pessoas compareceram a catedral metropolitana de Maceió, nesta quinta-feira Santa (23), para assistir Missa solene da Festa do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida também como a Festa de “Corpus Christi” O Ritual que simboliza a presença de Jesus Cristo no sacramento da eucaristia é celebrado com fé por muitos católicos.
Em sua homilia, D. Muniz ressaltou a dificuldades de preparar a celebração religiosa, já que o CDL insiste em abrir o comércio nesse dia santo, além do necessário apoio do policiamento no horário reservado para os fiéis enfeitarem as ruas do Centro de Maceió. Ao final da celebração, o Arcebispo de Maceió anunciou algumas reformas que serão realizadas para melhorar o conforto e o culto ao Santíssimo Sacramento na Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres.
Para a professora Luiza Moura, de 62 anos de idade, e que não perde uma missa de Corpus Christi, a festa celebra o sacramento do corpo e do sangue de Cristo “Nós católicos temos a certeza da presença de Cristo na Eucaristia. Jesus está verdadeiramente presente em todos os Sacrários do mundo inteiro”, disse.
A Festa teve sua origem na Idade Média quando surgiram as primeiras disputas doutrinais na Igreja. O Concílio de Latrão (1215) confirmou a doutrina da transubstanciação do pão e do vinho no corpo e sangue de cristo, confirmando presença real de Cristo vivo, cada vez que o sacerdote renova o sacrifício eucarístico na consagração durante a missa, quando ele repete: “Este é o meu corpo… este é meu sangue”, revivendo o mistério celebrado por Cristo em sua última Ceia quando instituiu o Sacramento.
A Solenidade como conhecemos hoje, foi instituída oficialmente na Igreja pelo Papa Urbano IV, através da bula “Transiturus de hoc mundo” de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira, dentro da oitava da festa da Santíssima Trindade.
O rito dessa celebração, segundo a tradição da Igreja, foi composto por São Tomás de Aquino a pedido do Papa Urbano IV. Ela contém uma adição do aleluia, conhecida como sequência, que é um belíssimo hino gregoriano, intitulado “Lauda Sion”, que enaltece a presença real de Jesus, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, no Pão e no vinho consagrado.
A celebração foi presidida pelo Arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes e concelebrada pelos padres participantes e diáconos, além da participação dos seminaristas e do povo de Deus.