×

Política

Docentes de mais três federais aderem à greve nacional

Pólo da UFAL de Penedo

Desde o último dia 17 de maio que os estudantes de diversas Universidades Federais do país estão com as aulas suspensas devido a greve dos professores. Na manhã desta segunda-feira, 21, mais três universidades aderiram à greve dos docentes, sendo elas a Universidade de Brasília (UnB), a Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Federal do Pampa (Unipampa). Até o momento são 43 seções sindicais de 39 instituições federais de ensino com as atividades suspensas por tempo indeterminado. A lista de quem está em greve está no anexada.


Para o Comando de Greve do ANDES-SN, a força dos primeiros dias de paralisação “demonstra de forma contundente e inequívoca a indignação que tomou conta da categoria depois várias tentativas de negociação com o governo. Segundo o comando da greve a precarização das condições de trabalho nas instituições federais de ensino vem se agravando dia a dia com falta de professores, de salas de aula, de laboratórios e até mesmo materiais básicos para funcionamento”.

Reivindicações

Tendo como referência a pauta da Campanha 2012 dos professores federais, aprovada no 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro, os docentes reivindicam a reestruturação da carreira – prevista no Acordo firmado em 2011 e descumprido pelo governo federal. A categoria pleiteia carreira única, com 13 níveis remuneratórios e variação de 5% entre estes níveis, a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), incorporação das gratificações e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.

Os professores também querem a valorização e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas Universidades e Institutos Federais e atendimento das reivindicações específicas de cada instituição, a partir das pautas de elaboradas localmente.

Vale lembrar que estas são reivindicações históricas da categoria docente e que a reestruturação da carreira vem sendo discutida desde o segundo semestre de 2010, sem registrar avanços efetivos. O acordo emergencial firmado entre o Sindicato Nacional e o governo no ano passado, estipulava o prazo de 31 de março para a conclusão dos trabalhos do grupo constituído entre as partes e demais entidades do setor da educação para a reestruturação da carreira.

'Precarização'

Por diversas vezes, o ANDES-SN cobrou do governo uma mudança na postura e tratamento dado aos docentes, exigindo agilidade no calendário de negociação, o que não ocorreu. A precariedade nas Instituições Federais, em diversas partes do país, principalmente nos campi criados com a expansão via Reuni, também vem sendo há tempos denunciada pelo Sindicato Nacional.