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Negócios/Economia

Dívida Pública fica R$ 11 bilhões menor em julho

O vencimento de títulos prefixados (que tem os juros definidos com antecedência) fez a dívida pública cair em julho. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Federal, a Dívida Pública Federal (DPF) teve queda de R$ 11 bilhões em julho, passando de R$ 1,612 trilhão para R$ 1,601 trilhão. Em termos percentuais, a redução foi de 0,68%.

A dívida pública mobiliária (em títulos) federal interna caiu 0,49%, passando de R$ 1,516 trilhão para R$ 1,509 trilhão. A queda ocorreu porque o Tesouro resgatou, em julho, R$ 19,4 bilhões em títulos a mais do que emitiu. A redução final, no entanto, ficou menor por causa do reconhecimento de R$ 12,01 bilhões em juros.

A dívida pública federal externa caiu 3,8% no último mês, encerrando julho em R$ 92,26 bilhões, contra R$ 95,9 bilhões em junho. O principal fator foi a queda de 2,46% no dólar.

O resgate líquido de R$ 24,5 bilhões de papéis prefixados fez a parcela desses títulos na dívida mobiliária interna cair de 35,27% em junho para 34,13% em julho. Por terem os juros definidos no momento da emissão, esses tipos de títulos são preferíveis para o Tesouro, porque facilitam a administração da dívida pública. No entanto, tradicionalmente ocorre uma concentração de vencimentos desses papéis no início de cada trimestre, como em julho.

Com o resgate de prefixados, a participação dos títulos corrigidos pela taxa Selic na dívida mobiliária interna aumentou de 33,57% para 34,24%. A fatia dos títulos corrigidos por índices de preços subiu de 28,93% em junho para 29,46% em julho. A parcela da dívida interna vinculada ao câmbio ficou praticamente estável, passando de 0,66% para 0,65%.

O prazo médio da DPF subiu de 3,55 anos em junho para 3,59 anos em julho. Prazos mais longos são preferíveis porque esse é o tempo que o governo leva para renovar completamente a dívida pública. Desde o ano passado, o Tesouro divulga o prazo apenas em anos, não em meses. A parcela dos títulos que vencem em 12 meses, no entanto, aumentou de 25,86% para 28,22%.

Por meio da dívida pública, o governo pega empréstimos dos investidores para honrar os compromissos. Em troca, o Tesouro compromete-se a devolver o dinheiro com correção, que pode ser prefixada, ou seja, definida com antecedência, ou seguir a Selic, índices de preços ou o câmbio.