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Maceió

Distribuidora de aves é interditada e empresa de lixo hospitalar é autuada

Uma distribuidora de aves foi interditada e uma empresa de recolhimento de lixo hospitalar foi autuada numa operação de fiscalização realizada na manhã desta segunda-feira (27) por diversos órgãos e secretarias municipais e estaduais.

A ação uniu agentes da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), Vigilância Sanitária Municipal, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).

O primeiro endereço visitado foi o Varejão do Frango, situado na Via Expressa, no bairro do Tabuleiro. Os agentes encontraram diversas irregularidades no local que, segundo um dos funcionários, chega a receber 1.800 aves por dia.

“A situação está crítica em relação ao meio ambiente. As condições no local não são adequadas para este tipo de atividade. O chorume dos galpões está sendo carreado para as linhas d’água e o estabelecimento também não tem licença ambiental. Vamos interditar e fazer um auto de infração para a empresa como um todo”, disse José Soares, coordenador de fiscalização da Sempma.

A Adeal também encontrou irregularidades passíveis de autuação. “O responsável já confirmou que não tem o Guia de Trânsito Animal (GTA), o que já configura animais clandestinos, sem procedência”, explicou Lara Campelo, médica veterinária da Adeal. “Além disso, há as más condições de manutenção das aves. Muitas aves mortas no mesmo local das vivas. Há sinais de abate também. Tudo está fora das conformidades. Isso pode oferecer riscos para o consumidor”, complementou. A empresa também foi multada pela Adeal.

Já a Slum emitiu notificação solicitando Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR), que confirma a destinação correta do lixo gerado no local.

Por fim, a granja deveria ter um responsável técnico e não poderia estar situada em área urbana, neste caso, próxima a hospitais e residências. .

Lixo hospitalar

No segundo momento da operação, o destino foi a AMSCO Ambiental e Serviços Ltda., também situada na Via Expressa, a poucos metros da empresa de distribuição de aves. Desde o último mês de novembro, a empresa deixou de emitir o laudo que comprova a desinfecção do lixo hospitalar pelo processo de autoclave. Por isso, ficou impedida de destinar as cargas de lixo para o Aterro Sanitário.

“Para ele descartar no Aterro Sanitário ele precisa apresentar um laudo de que a carga foi tratada. O aterro não aceita o material em função da falta dessa comprovação”, salientou Carlos Tavares, coordenador de fiscalização da Slum.

Na época, a Slum notificou a AMSCO e deu um prazo para regularizar a situação do equipamento. Como não houve a regularização da situação, a fiscalização retornou a empresa para saber qual o destino que vinha sendo dado aos resíduos recolhidos desde então.

O representante da AMSCO afirmou que o material estava sendo levado para um galpão nas proximidades do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em local situado no município de Rio Largo.

“O problema é que faz mais de dois meses que o lixo é enviado para um galpão e em outra cidade. Isso não é permitido”, alertou o agente de fiscalização da Slum. Além de autuada pela Slum, a empresa também foi multada pela Sempma por manter lixo hospitalar no local fora das bombonas.

A AMSCO não foi interditada, mas, a depender da situação encontrada nos galpões, ela poderá ser lacrada pelos órgãos responsáveis nos próximos dias.