Alunos com faixa etária entre 12 e 15 anos
A violência doméstica tratada no ambiente escolar e o poder de conhecimento das crianças e dos adolescentes sobre a Lei Maria da Penha. Esses foram alguns dos pontos discutidos na palestra de abertura do Projeto “Direitos Humanos vai à Escola”, que esta semana tem suas atividades dirigidas aos alunos da Escola Municipal Jayme de Altavilla, localizada no bairro da Santa Lúcia, em Maceió.
O projeto, que tem objetivo tratar, dentro da escola, de assuntos considerados polêmicos para reverter situações de vulnerabilidade e esclarecer sobre direitos, é uma iniciativa da Assessoria Especial de Promoção de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Dentro dos assuntos discutidos, através de oficinas, estão o bullying, a homossexualidade e os direitos dos idosos.
Setenta alunos, com faixa etária entre 12 e 15 anos, tiveram a oportunidade de tirar suas dúvidas sobre como denunciar e conhecer os pontos da Lei Maria da Penha, que atua no combate à violência doméstica. “A mudança na lei que tirou o poder exclusivo de denúncia da vítima, proporcionou a qualquer pessoa que presencie uma situação de vulnerabilidade, o poder da denúncia”, explicou Liranise Alves, Coordenadora-geral das Ações Garantidoras dos Direitos das Mulheres Vítimas de Violência da Semas.
Ainda segundo Liranise, que ministrou palestra sobre o tema, trabalhar com crianças e adolescentes significa atuar diretamente em um dos pontos-chave para frear os casos de violência, já que a maioria dos jovens tem conhecimento de pelo menos um caso na família. O incentivo à denúncia foi bastante trabalhado na oficina, que também contou com a abertura de espaço para perguntas e outras orientações.
“Nos surpreendeu a quantidade de relatos onde os jovens presenciaram, não somente dentro de casa, mas no meio da rua, as agressões. Neste caso orientamos para que eles procurassem um adulto e, junto com ele, formalizassem a denúncia”, completou Liranise. Atualmente, qualquer denúncia de violência doméstica pode ser feita através do número 180. Dados da violência doméstica no Brasil mostram que a cada quatro minutos uma mulher é vítima de agressão no Brasil.
As oficinas do “Direitos Humanos vai à Escola” seguem até sexta-feira (06), no bairro da Santa Lúcia, discutindo a temática Direitos dos Idosos e LGBTT, bullying, Direitos das Pessoas com Deficiência e Conselhos Tutelares.
