O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como base para reajustes de aluguéis, ficou em 0,77% em abril, informou hoje (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é inferior à apurada em março (0,94%). O indicador foi calculado com base na variação dos preços constatada entre os dias 21 de março e 20 de abril.
A redução no ritmo de alta está associada a dois dos componentes da taxa: ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que passou de 1,07% para 0,72%, e ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com alta de 0,73% ante 0,83%. Os dados mostram que a intensidade de aumento dos preços dos produtos in natura perdeu força de forma expressiva (de 13,58% para 6,94%), influenciando o resultado do subgrupo do IPA bens finais (de 1,19% para 0,82%).
No setor do varejo, o grupo transporte foi o principal motivo para o decréscimo do IPC, com queda de 0,38% ante alta de 0,41%. Neste caso, a variação foi consequência da redução de 11,49% no preço do álcool ante a queda de 2,37%, e do valor da gasolina (de -0,03% para -0,60%), além da estabilidade na tarifa de ônibus urbano (de 0,93% para variação nula).
O único indicador que manteve a pressão sobre o IGP-M foi o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) com aumento de 1,17% ante 0,45%, o que reflete, principalmente, a elevação do custo da mão de obra (9,79%). Os preços de materiais e equipamentos também subiram, passando de 0,45% para 0,73%.