O ato público em defesa do meio ambiente do qual participou hoje (20) a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, serviu para demonstrar o apoio de deputado federais, estaduais e de dirigentes do Partido Verde à petista neste segundo turno das eleições. Entre eles está o ex-coordenador da campanha de Marina Silva, no primeiro turno, Pedro Ivo. Também aderiram à campanha de Dilma, eleitores emblemáticos da senadora, como Ângela Mendes, filha do ambientalista Chico Mendes.
Dilma reafirmou compromissos na área ambiental, como o acordo assumido pelo Brasil na COP 15 em Copenhague de redução da emissão de gases de efeito estufa, entre 36,1% e 39,9% até 2020, além de diminuir o desmatamento na Amazônia. “Nossa posição na COP 15 foi das mais avançadas. Não olhamos para os outros países para decidir o que fazer. Assumimos uma posição baseada na expectativa do nosso povo.”
Dilma teve o discurso interrompido por manifestantes do Greenpeace que abriram uma faixa para reivindicar desmatamento zero na Amazônia. Ela ressaltou, porém, que não faz acordo apenas para ganhar eleição. “O que nós acordamos em Copenhague eu vou cumprir, que foi a redução no desmatamento de 80% na Floresta Amazônica”, disse. Ela ressaltou que não vai ter tolerância com desmatadores.
Em conversa com jornalistas depois do discurso, Dilma classificou de demagógica a ação do Greenpeace. Ela disse que recebeu uma carta de reivindicações do grupo que pedia o fim do desmatamento na Amazônia. Entretanto o documento não estabelecia prazos e nem sugestões de como alcançar a meta. “Isso eu não assumo. É demagógico”, ressaltou.
O ato serviu também para marcar o apoio de cerca de 50 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo à campanha de Dilma.
As organizações – entre elas a Cáritas Brasileiras, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) – entregaram à Dilma uma carta com dez pontos em que pedem o apoio e o estímulo à agricultura familiar, além da priorização da reforma agrária. As entidades reivindicam também a elaboração, com a participação dos movimentos do campo, do Terceiro Plano Nacional de Reforma Agrária com o objetivo de assentar as famílias sem terra que já vivem em assentamentos.
No programa de governo de Dilma constam treze compromissos na área ambiental. Entre eles estão o avanço do crescimento econômico com sustentabilidade ambiental, inclusive com a baixa emissão gás carbônico (CO2) e com foco na Amazônia.