A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) conta com um processo de produção de água seguro e que abastece o estado em grandes proporções. Por meio de um processo complexo de captação e tratamento, a água chega à casa dos sergipanos pronta para ser utilizada. Somente na região metropolitana de Aracaju, que é composta pela capital e pelos municípios da Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão, a Deso produz cerca de 7.830.000 metros cúbicos de água por mês. No interior, a produção chega até 8 milhões de metros cúbicos mensais.
Para que esse volume chegue ao destino, o caminho da água é o mesmo para a região metropolitana e para o interior. A primeira etapa é a captação, quando a Deso retira a água de uma fonte superficial ou subterrânea, como rios e poços, respectivamente. “A etapa seguinte é adução, momento em que uma tubulação bombeia a água até uma Estação de Tratamento (ETA). Depois disso, o volume captado passa por uma série de procedimentos físicos e químicos que adequa a água ao consumo humano”, explicou o Superintendente de Sistemas Metropolitanos de Água da Deso, Max Sampaio.
Processos
Nas estações, a água passa por quatro etapas de tratamento: Coagulação e Floculação, Decantação, Filtração, Desinfecção e Fluoretação. Na primeira, as impurezas são agrupadas em flocos, por meio da ação de um coagulante, para que possam ser removidas na fase decantação, na qual esses flocos são sedimentados em tanques. Após isso, a água passa por filtros de areia, que removem as partículas que não foram decantadas.
“Em seguida, são adicionados agentes desinfetantes, como cloro e derivados, a fim de eliminar possíveis patógenos na água”, detalhou Max Sampaio, destacando que o processo é finalizado com a adição de flúor, que previne cáries dentárias. Na sequência, a água tratada é canalizada para a rede de distribuição que desloca a produção dos reservatórios da Companhia para as edificações e residências, de forma planejada e estratégica.
Fontes da natureza
A Deso conta com 150 fontes de água na natureza, que recebem intervenções da Companhia, a fim de proporcionar o abastecimento no estado. Dessa forma, a Grande Aracaju recebe água dos rios São Francisco, Poxim, Pitanga, das piscinas Ibura e dos poços localizados no povoado Jatobá.
Já o interior, segundo o Superintendente de Sistemas Regionais de Água, Napoleão Gomes Barreto, tem como principal fonte o rio São Francisco, que possui uma grande extensão e volume de água, nascendo em Minas Gerais e desaguando na divisa entre Sergipe e Alagoas, no Oceano Atlântico. “O Rio São Francisco é majestoso e não sobrevivemos sem ele, já que por fatores pluviométricos ele não sofre com a estiagem. Além disso, a quantidade que produzimos hoje é mais do que suficiente para abastecer a todos”, ressaltou o superintendente.