Crianças chamaram atenção para a necessidade de conservação dos prédios históricos
Ao som da banda fanfarra de Santa Luzia e da Escola Padre Cabral, cerca de duas mil pessoas, entre professores e estudantes do 1º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, participaram do desfile em comemoração ao dia sete de setembro, em Fernão Velho. O evento teve como objetivo, também, resgatar a história da comunidade.
Os quase duzentos anos de história do bairro foram relembrados pelos estudantes e professores da Escola Hermínio Cardoso. Segurando maquetes, os alunos apresentaram monumentos históricos como a Igreja São José; a Fábrica Carmem, primeira indústria têxtil de Alagoas; a Casa Grande, pertencente aos donos da fábrica; o Recreio Operário e a Cede Othon, onde aconteciam grandes bailes.
A coordenadora pedagógica da escola, Erli Pereira, fala com orgulho dos fernão velhences ilustres, onde se destacaram parteiras, tercelões, médicos, professores e padres. Ela lembra ainda dos grandes carnavais; da Escola de Samba Zequinha Moura; do Bloco do Boi, que possui quarenta anos de tradição; das brincadeiras de criança e das riquezas naturais localizadas no bairro, como a Mata Atlântica e a Lagoa Mundaú.
Percorrendo as ruas do bairro, os estudantes da Escola Padre Cabral relebraram os quarenta anos da instituição e os alunos da Escola Maria Amélia também resgataram seus 61 anos de história.
Segundo Erli Pereira, no passado, os desfiles eram organizados pelas escolas antigas com o apoio da Fábrica Carmem. Hoje, continua ela, depois de mais de duas décadas, a tradiçao foi retomada com a união das três escolas, da comunidade e com o apoio da Cooperativa de Confeções de Fernão Velho, sob a coordenação geral da presidente da cooperativa Rosicléia Cardos.