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Política

Descoberta do Pré-Sal é debatida em sessão pública na Assembleia

A Assembleia Legislativa realizou sessão pública nesta segunda-feira, 17, para debater a questão da descoberta do Pré-sal pela Petrobras. Representantes de setores ligados à questão estiveram presentes à reunião e receberam explicações sobre o significado dessa descoberta que pode levar o Brasil a ser um dos líderes na produção de petróleo dentro de alguns anos.

O gerente da unidade estadual da Petrobras em Alagoas, Marcos Silveira Gonçalves, fez uma explanação sobre o tema, apresentou diversos slides para demonstrar a importância do novo produto para a economia do País e relacionou os quatro projetos de lei sobre o tema que constam na pauta de discussões do Congresso Nacional. “Os parlamentares se debruçam, atualmente em matérias que criam a nova empresa da Petrobras que irá explorar esse novo recurso natural, o novo regime de produção e a forma de capitalização da nova empresa” explicou Silveira.

O representante do Sindipetro, que congrega as ações dos estados de Alagoas, Bahia e Sergipe, Dalto Francisco dos Santos, fez um discurso cético. Para ele, os recursos naturais que originam o petróleo demoram cerca de 80 a 90 milhões de anos para a sua formação. O sindicalista tem formação em geologia. Sem falar diretamente, ele não acredita que a descoberta poderá dar tão grande vazão ao País, como se noticia atualmente.

A estimativa de produção com a descoberta do novo recurso natural é de aproximadamente 16 bilhões de barris. Para o final de 2010 a expectativa é de uma produção de 100 mil barris e poderá chegar a a mais de um milhão de barris por dia a partir de 2017. A área de exploração está localizada a uma distância estimada em até 7 mil metros abaixo do fundo do mar. A espessura da camada não chega a 2 mil metros, o equivalente a 25 prédios de 20 andares. Com a exploração do pré-sal, o Brasil poderá passar da 13ª colocação para a 4ª entre os maiores produtores de petróleo do mundo.

A sessão pública foi proposta pelo deputado Judson Cabral (PT) e contou com a presença do sindicato dos Engenheiros, Ailton Pacheco, presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Aloísio Ferreira, Cláudia Petuba, da UNE, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Ambiental (Abes), Ricardo Vieira, Luiz Gomes, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), dentre outros.