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Política

Deputados debatem segurança pública no plenário da Assembleia

O deputado Gilvan Barros (PSDB) foi à tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira, 26, para parabenizar o governador Teotonio Vilela pela inauguração do novo Presídio do Agreste, localizado na zona rural do município de Girau do Ponciano, que substituiu o antigo Presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza, que ficava na cidade de Arapiraca.

O parlamentar afirmou que a construção aconteceu em tempo recorde e com tecnologia de ponta, além de uma engenharia moderna. “Neste presídio não haverá rebelião, porque os reeducandos não têm contato com os agentes. Segue padrões de segurança e gerenciamento inovadores, atendendo as exigências da Lei de Execuções Penais”, disse.

Ao todo, o presídio conta com seis alas e 768 celas coletivas, que poderão abrigar até oito reeducandos cada, além de 19 celas individuais e duas celas para portadores de necessidades especiais. “Há ainda uma suíte para visita íntima e controle de temperatura interna, proporcionando ao reeducando uma vida mais decente, para que possa voltar ao convívio da sociedade após cumprimento da pena”, afirma Gilvan.

O deputado falou ainda de melhorias na segurança pública do Estado e ressaltou a doação dos prédios que compõe o antigo Presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza para a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). “O nosso Estado recebe um presídio moderno e deixa para trás outro que não tinha a segurança necessária e que estava numa área geográfica que prejudicava os estudantes da Ufal”, concluiu.

Em aparte, o deputado Joãozinho Pereira (PSDB) parabenizou o discurso do companheiro de partido e acrescentou que não é só o novo presídio recém-inaugurado, mas muitas outras coisas, como estradas recuperadas, a obra do Canal do Sertão e a chegada de uma nova fábrica no Estado, por exemplo, que fazem o Estado melhorar.

Joãozinho destacou também o trabalho da Assembleia Legislativa no desenvolvimento do Estado. “O governador investe o dinheiro que essa Casa aprovou. É o desenvolvimento chegando aos municípios graças a votação e a celeridade que essa Casa deu ao projeto que tratava do empréstimo do BNDES”, afirmou.

Quanto a segurança pública, o deputado tucano afirmou que tem conhecimento das criticas à área. “Porém, quero deixar claro que pior já esteve. O Estado de Alagoas, antes do governo Teotonio Vilela, só tinha 40 viaturas na Polícia Militar; hoje conta com 450 rodando em todo Estado”, afirmou o deputado, reconhecendo a necessidade de delegacias reformadas e mais policiais.

Críticas
Numa visão contrária, os deputados Antonio Albuquerque (PRTB) e Ronaldo Medeiros (PT) criticaram a política de segurança pública do Estado. De acordo com Albuquerque, Alagoas vive o pior momento de sua história em relação a segurança pública. “Em Limoeiro de Anadia, minha terra natal, todas as semanas morrem pessoas assassinadas à luz do dia, com requintes de crimes de pistolagem. O modelo de segurança em Alagoas infelizmente faliu”, afirmou.

Na mesma sintonia, Ronaldo Medeiros teceu duras críticas à política de segurança pública e prometeu nas próximas semanas mostrar os verdadeiros números da violência no Estado. “Nunca se matou e roubou tanto em Alagoas”, concluiu.

Em pronunciamento, o deputado Judson Cabral (PT) questionou o destaque dado pelo governo do Estado à inauguração do novo Presídio de Arapiraca. Para o petista, trata-se de propaganda enganosa e falta, por parte do governo, mais sensibilidade nas áreas de educação e saúde. Para ele, exaltar a construção de mais uma unidade prisional, é afirmar “que Alagoas continua sendo um celeiro de produção de marginais e delinquentes”.

“Se as obras voltadas para a educação e a saúde tivessem a mesma agilidade, aí sim, merecia uma inauguração pomposa, uma propaganda real e não uma propaganda enganosa”, avalia o parlamentar, alegando que com isso não quer tirar o mérito de o Estado ter um novo presídio. “Mas quero deixar minha frustração com um governo que não tem sensibilidade com a educação e com a saúde. Porque a violência continua, e a consequências disso são irreversíveis”, completa Cabral.