A atuação do tenente-coronel João Marinho, à frente do 3º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Arapiraca, foi pauta na sessão desta terça-feira, 13, na Assembleia Legislativa. O deputado Ricardo Nezinho (PTdoB) ocupou a tribuna da Casa para fazer várias observações quanto à conduta do militar, que pediu desligamento da função para ser um dos coordenadores de campanha de um pré-candidato ao governo do Estado.
Nezinho fez um comparativo entre o trabalho desenvolvido por Marinho e seu antecessor, o coronel Paulo Amorim. De acordo com relato do parlamentar, tão logo assumiu o comando da corporação, Amorim desenvolveu ações constantes de combate ao crime em Arapiraca e região, além de implantar o projeto de polícia comunitária no bairro Primavera, apontado como um dos mais violentos da cidade. “Assim que assumiu o comando, o tenente-coronel João Marinho acabou com a polícia comunitária, responsável pela segurança de comerciantes e moradores da localidade”, criticou.
O parlamentar considerou, ainda, como um fato muito negativo o pedido de afastamento apresentado por Marinho, tendo como objetivo assumir um dos postos de coordenação da campanha política de um pré-candidato ao governo do Estado.
O deputado Antonio Albuquerque (PTdoB), em aparte ao discurso do colega, disse que achava estranho a nomeação de Marinho pelo fato de um irmão dele ser acusado em crimes na região, chegando inclusive a ser preso. “Cheguei a dar entrevista ao radialista Alves Correia, que apresenta um programa de rádio líder em audiência na região, quando afirmei que o coronel João Marinho não teria condições de desenvolver um bom trabalho naquele batalhão. Disse isso pessoalmente ao governador Teotonio Vilela Filho, informei da prática criminosa do irmão do oficial e mesmo assim foi feita a nomeação. O resultado hoje é de um aumento brutal na violência em Arapiraca e cidades vizinhas”, declarou Albuquerque.