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Política

Deputados criticam atuação de membros da CPI da Pedofilia

O trabalho realizado pela CPI da Pedofilia, na cidade de Arapiraca, recebeu críticas dos deputados durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 12, na Assembleia Legislativa. O deputado Temóteo Correia (DEM) foi um dos críticos mais ferozes. Para ele, os religiosos investigados pela comissão do Congresso Nacional foram humilhados, principalmente, pelo presidente da CPI, o senador Magno Malta (PR-ES).

Correia classificou, ainda, como desnecessária a exibição das imagens captadas por dois ex-coroinhas que denunciaram terem sofrido abusos por parte do monsenhor Luiz Marques. “Aquelas imagens deprimentes foram exibidas sem necessidade em Arapiraca, até no ambiente onde ocorriam as oitivas com a presença de menores”, criticou Temóteo Correia. Ele lamentou também o fato de o nome de Alagoas ter sido levado pela mídia nacional de forma negativa.

O deputado Jeferson Moraes (DEM) concordou com o ponto de vista do colega. Para ele, as imagens não deixam dúvidas quanto à culpabilidade do religioso, mas ponderou que os trabalhos da CPI estão sendo mal conduzidos. Moraes se refere ao fato de o desembargador aposentado Antonio Sapucaia ter sido convocado pela comissão depois que escreveu um artigo criticando o trabalho dos deputados.

A posição de Moraes recebeu a solidariedade do deputado Rui Palmeira (PSDB). Ele lembrou que um dos exemplos de arbitrariedade praticado pela CPI foi o fato de não ter permitido a presença de um advogado de defesa dos religiosos investigados. O deputado Ricardo Nezinho (PT do B), que é de Arapiraca, lembrou que o monsenhor Luiz Marques atua na região há 25 anos, com decisões importantes, a exemplo da defesa da Adutora do Sertão e sempre teve envolvimento com as causas sociais em defesa da região do Agreste.