Deputado Ronaldo Medeiros
O deputado Ronaldo Medeiros (PT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, 26, para, mais uma vez, criticar a forma como o programa Brasil Mais Seguro foi executado em Alagoas. De acordo com o parlamentar, se não houver investimentos em políticas públicas o plano não terá sucesso.
Medeiros lembrou que o governador eleito, Renan Filho, deverá se reunir ainda hoje com a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, para conhecer de perto o programa. “O futuro governador precisa solicitar que o Governo Federal pare de enviar recursos para Alagoas neste momento. Em seguida, é preciso que se refaça todo o programa, pois, na forma como ele vem sendo executado, não haverá possibilidade de sucesso”, afirmou.
Segundo o parlamentar, o programa apresentou alguns pontos positivos: a divulgação das estatísticas com o mapeamento da violência, a compra de equipamentos para o IML e a melhoria de viaturas, armamentos e coletes. “Fora isso, o programa é um fracasso já que ele não cumpriu com seu principal objetivo que é a diminuição das criminalidades”, ressaltou.
Por fim, Medeiros disse que o programa Brasil Mais Seguro deveria prever investimentos também na área da Educação.”Alagoas tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Enquanto tivermos esses números, continuaremos sendo também o mais violento do Brasil, já que o IDH mede índices nas áreas da educação, da renda per capita e da expectativa de vida. O melhoramento de nenhum desses índices foi colocado no programa”, concluiu Medeiros.
Comissão Especial
Em junho deste ano, a Comissão Especial da Assembleia Legislativa que acompanhou o Programa Brasil Mais Seguro no Estado divulgou seu relatório final e concluiu que o programa não cumpriu as metas previamente definidas de atuação no Estado. Cópias do relatório foram enviadas para a Presidência da República; para o Ministério da Justiça, para o Governo do Estado; Tribunal de Justiça do Estado; à Procuradoria da República em Alagoas; às Comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública da Câmara de Deputados e do Senado Federal; aos Conselhos Nacional e Estadual de Segurança Pública, ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério Público.
