Deputado Ronaldo Medeiros
A sessão ordinária desta terça-feira, 14, foi marcada por pronunciamentos cobrando maior rigor por parte do governo estadual, no que diz respeito à segurança pública. O primeiro a usar a tribuna para discursar sobre o tema foi o deputado Ronaldo Medeiros (PT), que na última quinta-feira, 9, foi vítima de um atentado quando trafegava entre as cidades de Porto Real do Colégio e Igreja Nova. De acordo com ele, foi perseguido por cerca de 30 minutos por um veículo de luxo que bateu diversas vezes na traseira e na lateral do seu carro, no intuito de jogá-lo para fora da rodovia. No momento do ocorrido ocupavam o veículo do petista o motorista e uma assessora.
A perseguição começou quando o deputado e sua equipe precisaram parar em um bloqueio “siga-pare” instalado devido às obras de duplicação da BR-101. “Ele quase atropelou o rapaz que trabalha na obra fazendo a sinalização”, disse. “Nós entramos na entrada de Igreja Nova e ali é que esse cidadão começou a nos ameaçar, uma vez que naquela rodovia existe muitos buracos, muitos quebra-molas e nós tínhamos que parar, mas ele não parava”, relatou o deputado. Medeiros disse já ter conhecimento de que o ocupante do veículo tem um histórico de envolvimento em confusões.”Esse tal de Orlandinho agiu como marginal, como um vândalo, de forma a querer matar, porque quem faz isso não está brincando”, desabafou o petista, acrescentando que a perseguição se deu até a porta da delegacia de Igreja Nova.
Ainda de acordo com Ronaldo Medeiros, o pior estava por vir. Ao chegarem na delegacia se depararam com apenas um policial, que não pode fazer nada a não ser orientá-los a ir prestar queixa na cidade de Penedo, dada a falta de estrutura. “Não tinha uma viatura, o policial estava mais assustado do que eu. Ele me disse: ‘Deputado, aqui não tem computador, não tem impressora, nem viatura. Tenho essa pistola, que é minha’. A delegacia não tem a mínima condição de funcionar, informou o petista.
Medeiros contou ainda que após registrar a ocorrência recebeu vários telefonemas de familiares e políticos pedindo que retirasse a queixa. “Isso que aconteceu foi um absurdo, uma atitude insana. Meu carro sendo atacado na rodovia, se tivesse uma viatura naquela delegacia com certeza teriam pego esse cidadão que agiu como um marginal, de forma covarde. Ele queria matar não só a mim, mas as pessoas que estavam no carro”, observou, afirmando que não retirará a queixa e levará o caso à Justiça.
De acordo com o parlamentar, o “tal Orlandinho”, seria Orlando Herculano, secretário de Obras de Porto Real do Colégio. Em aparte, os deputados Judson Cabral (PT), João Beltrão (PRTB), Antonio Albuquerque (PTdoB), Inácio Loiola (PSDB), Gilvan Barros (PSDB), Jota Cavalcante (PDT), Sérgio Toledo (PDT) e Ricardo Nezinho (PMDB) foram solidários ao colega de Parlamento.
