Deputado Marquinhos Madeira
O deputado Marquinhos Madeira (PMDB) fez críticas, durante a sessão plenária desta terça-feira, 21, à operação de busca e apreensão feita por policiais civis em seu gabinete na última quarta-feira, 15. “A ação foi abusiva, causando pânico aos servidores. Usaram um efetivo de 40 policiais para pegar um documento que, desde 2012, encontra-se nesta Casa. Documento este que seguiu todos os trâmites legais do Regimento Interno e que possui assinatura e carimbo do médico inscrito do Conselho Regional de Medicina”, afirmou.
Marquinhos afirmou que até a presente data nunca foi oficialmente intimado. “Sempre estive à disposição, até por ser uma pessoa pública. Meu gabinete está sempre aberto e as sessões desta Casa acontecem nas terças, quartas e quintas-feiras. Qual seria a dificuldade de me encontrar ao longo desses quatro anos? Onde está o erro deste tão cobiçado atestado médico?”, indagou. O deputado também disse que vem sofrendo perseguição de pessoas que se beneficiariam com uma eventual cassação de seu mandato. “É o desespero de assumir uma cadeira que, legitimamente, com o voto do povo, pertence a mim. Estariam plantando inverdades e notícias infundadas a fim de desconstruir minha imagem. Não sou bandido nem tampouco cometi crime de improbidade, estelionato ou falsificação. Muito pelo contrário, sou um legítimo representante dos alagoanos, reeleito com mais de 26 mil votos”, disse.
Sobre a foto dele em um Rally, o deputado disse que não tem moto nem jipe e que estava no local apenas com os amigos e eleitores na comemoração de uma modalidade esportiva. “Se apegaram numa foto onde estava numa comemoração, após o término de uma trilha ou rally. Sequer me recordo se foi nessa mesma época de minha licença e se foi? Qual o motivo para tanto alarde? Quer dizer que os milhares de trabalhadores que apresentam atestado médico em suas empresas precisariam ficar hospitalizados? Impossibilitados de saírem as ruas? Isso é uma mostra clara de perseguição política onde a autoridade policial usou o Estado para fazer um show midiático”, declarou.
Marquinhos Madeira disse que tem problema de refluxo, por conta de uma hérnia de hiato e indagou: quer dizer que se precisar tirar novamente outra licença médica serei novamente considerado um bandido? A Casa será novamente invadida?. “Sou deputado com dois mandatos, filho, marido e pai. Vi meu nome sendo injustamente noticiado na mídia, recebi inúmeras ligações de pessoas preocupadas e inclusive quero aqui agradecer aos meus companheiros que com coerência e sensatez também se comoveram comigo e exigiram o respeito que esta Casa merece”, afirmou.
O deputado disse que não viu nenhuma necessidade de um aparato policial tão grande e ter usado bala clave, armas e viaturas contra uma casa que jamais ofereceria resistência a um mandado judicial. “Não seria melhor esses policiais estarem nas ruas combatendo a criminalidade? Como uma autoridade policial concede entrevista de forma irônica e alega ‘não querer papo comigo’ ou rebaixar o posicionamento dos meus pares e falar; ‘é problema deles acharem ruim a ação’. Qual o real interesse disso tudo? Qual o interesse de afrontar uma instituição compostas de representantes do povo e mais ainda, onde a maioria dos parlamentares são aliados do governador. É uma afronta a ele
Por fim o deputado disse que os policiais civis sempre tiveram o seu respeito e admiração e que tem vários amigos na corporação; e agradeceu o apoio recebido. “Encerro minhas palavras agradecendo o apoio da minha família que está sempre ao meu lado, dos meus eleitores que sabem da minha conduta, dos vários amigos que ligaram e aos meus colegas de parlamento que declararam apoio e solidariedade”, concluiu Marquinhos Madeira.
