A situação crítica vivenciada pelos sertanejos alagoanos que enfrentam uma das piores secas dos últimos anos levou o deputado Inácio Loiola (PSDB) a apresentar duas proposições na Assembleia Legislativa de Alagoas. A primeira delas é uma indicação, onde solicita ao governo do Estado a criação de um programa social, a exemplo do Bolsa Estiagem, instituído pelo governo federal, para auxiliar no enfrentamento aos efeitos da estiagem no Sertão alagoano.
Na segunda proposição, o parlamentar requer à Mesa Diretora da Casa a criação de uma Comissão Parlamentar para acompanhar as atividades do Executivo estadual e do governo federal relacionadas à questão da seca. “O semiárido brasileiro está mergulhado em uma das secas mais cruéis e devastadoras dos últimos 30 anos. Aqui em Alagoas é por demais preocupante: cerca de 460 mil sertanejos já se sentem atingidos por essa calamidade. Estima-se que o prejuízo causado na região já chega a R$ 67 milhões”, informa Loiola.
Na opinião do parlamentar, os programas sociais implementados pelo governo federal na região não têm atendido a demanda. Ele observou que, devido à estiagem, o semiárido alagoano não teve produção e a pecuária já está sendo atingida. “A verdade é que os programas destinados à região do Sertão não estão correspondendo à expectativa dos sertanejos”, disse o deputado, acrescentando que a região conta com os programas Garantia Safra, que distribui R$ 680,00 divididos em quatro parcelas, para 21 mil produtores; e o Bolsa Estiagem, que tem como objetivo atender aqueles que não estão cadastrados no Garantia Safra, que tem disponível para cada produtor R$ 400,00, divididos em cinco parcelas de R$ 80,00.
O deputado Ronaldo Medeiros (PT), em aparte, se associou ao pronunciamento do colega de plenário e cobrou medidas mais efetivas para o combate à seca no Sertão. “Eu vejo uma incoerência não só do governo estadual, mas do governo federal. O sertanejo não quer mais essas medidas paliativas, ele quer uma ação mais eficaz”, observou o petista.
