Mais um caso de violência em Alagoas foi tema de discurso no plenário da Assembleia Legislativa durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 2. O deputado Álvaro Guimarães (PSB) relatou o clima de comoção por que passa a cidade de Campo Alegre, em virtude do assassinato, no último domingo, 29, do presidente do Diretório Municipal do PT na cidade, Genildo Correia Soares.
O parlamentar cobrou da Secretaria de Defesa Social (SDS) agilidade nas investigações, para se chegar aos mandantes do brutal homicídio, bem como aos autores materiais. O discurso de Guimarães suscitou a participação de outros deputados, tomando como base o tema violência. Jeferson Morais (DEM), durante aparte ao colega, voltou a criticar a atuação do Conselho Estadual de Segurança Pública. “Os integrantes do Conselho ficam encastelados em Maceió e desconhecem as demandas da população do Estado, especialmente do interior”, relatou.
Ainda de acordo com Morais, a segurança pública de Alagoas precisa de uma mudança de gestão. “Para se ter uma ideia do que estou dizendo, os senhores precisam saber a dificuldade que é para lavrar um flagrante nas delegacias do Estado”, criticou o parlamentar. O deputado Rui Palmeira (PSDB) se mostrou cético quanto a possibilidade de esclarecimento do crime. Para ele, as limitações da Defesa Social impedem a realização de um trabalho como deveria. Porém, Palmeira destaca a independência da atual cúpula da secretaria.
Na visão de Palmeira, há muito tempo o alagoano não via tanta independência na atuação da área. “Todos nós lembramos que havia um tempo em que deputado entrava no gabinete do secretário sem nem ao menos bater à porta. O problema é que falta estrutura”, considerou Rui Palmeira. O deputado Sérgio Toledo (PDT) encerrou as discussões afirmando que não adianta inaugurar delegacia se falta material humano.