Deputado Olavo Calheiros
Num discurso contundente, o deputado Olavo Calheiros (PMDB) criticou duramente o governo do Estado pela forma como vem conduzindo as questões relacionadas a segurança pública em Alagoas. De acordo com o parlamentar, a falta de ações eficazes no combate a criminalidade, “transformou o Estado no paraíso dos bandidos e num inferno para a população”. “Mata-se uma pessoa nesse Estado a cada três horas. Mata-se 2.387 pessoas por ano em Alagoas”, afirmou Calheiros.
Olavo Calheiros questionou a escolha e a atuação dos ex-secretários de Defesa Social. Lembrou a passagem do então secretário general Edson Sá Rocha, que, na opinião do parlamentar, assumiu o cargo “como um emprego para complementar sua aposentadoria”. “O governador não conhecia o general. O general não conhecia Alagoas, e ambos não executavam política alguma”, criticou Calheiros, para em seguida destacar o que classificou de era da mídia e das operações espetaculosas, que teria sido promovida pelo ex-delegado federal Paulo Rubin, que assumiu a pasta da Defesa Social, em lugar de Sá Rocha.
De acordo com dados anunciados por Olavo Calheiros, ao fechar o primeiro ano de seu mandato, o governador Teotonio Vilela encerrou o ano de 2007 com 1839 assassinatos. “E o governo, arrogante ainda, pretencioso, tentava esconder a tragédia que se desenhava, questionando os números, num flagrante desrespeito às famílias das vítimas”, observou o parlamentar, acrescentando que no período de 2008 a 2010 a média de homicídios em Alagoas cresceu para 1947 por ano. “Assustando a todos e revelando à população a mais absoluta incapacidade do governo Teotonio Vilela de enfrentar à altura o crime em nosso Estado”, completou Calheiros.
O peemedesbista cobrou ainda a promessa de campanha de Vilela, de contratar mil policiais/ano. “Se tivesse cumprido a palavra, seriam seis mil homens a mais para proteger os alagoanos e os números não seriam esses, vidas teriam sido poupadas”, acredita Calheiros, ressaltando que, ao invés de prestigiar a Polícia Militar, o governo a enfraqueceu e a desmotivou.
