Imperador vai ser chamado para depor
O noticiário do Flamengo cada vez mais se confunde com as páginas policiais. A dupla de ataque faz gols e estremece o clube. Depois de Vágner Love, chegou a vez de Adriano ser alvo de inquérito policial para verificar suposto envolvimento com traficantes. Em meio à confusão, o time enfrenta hoje, às 21h50, o Universidad de Chile, em Santiago.
O Ministério Público do Estado do Rio requisitou a instauração de inquérito policial na Delegacia de Combate às Drogas para apurar a compra de duas motos por Adriano. Uma delas teria sido registrada em nome da mãe de um traficante, que controla entre outras favelas a da Chatuba, onde cresceu o atleta.
Segundo o delegado Jader Amaral, o jogador será intimado a prestar esclarecimentos. “A princípio, comprar uma moto e dar a alguém não constitui crime. Mas ele vai ser chamado para esclarecimentos. Por que comprou as motos, quantas foram, e por que ele deu a tal pessoa?”
A investigação foi motivada por reportagem do jornal O Dia que aponta a compra, em julho de 2008, de duas motos Hornet 600 por R$ 35 mil e R$ 37 mil em nome de Adriano. Uma delas, a de menor valor, foi registrada em nome de Marlene Pereira de Souza, mãe do traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica. A compra foi feita por uma terceira pessoa, supostamente um antigo amigo do Imperador, de nome Marcos, que utilizou o cartão de crédito do atleta.