Dependentes químicos recuperados pela Rede Acolhe participaram, nesta quarta-feira (11), de uma palestra de preparação para o mercado de trabalho ministrada pela equipe do Núcleo de Atendimento ao Trabalhador (NAT) da Casa de Direitos de Maceió. Na oportunidade, o NAT também viabilizou a emissão da Carteira de Trabalho Digital para os participantes que não possuíam o documento.
A exposição aconteceu no Centro de Referência em Reinserção Social e Produtiva e contou com a participação de 15 ex-acolhidos que participam do curso de salgadeiro, que é promovido pelo Senac Alagoas e viabilizado pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev).
A coordenadora do NAT, Mariana Barros, explica que a instrução contemplou questões essenciais para quem pretende ingressar no mercado de trabalho. “Abordamos de forma clara e objetiva temas como FGTS, salário mínimo, aviso prévio, seguro desemprego, entre outros. Foi um bate-papo muito produtivo, especialmente para esses futuros profissionais, que em breve irão ingressar no mercado de trabalho”, afirmou.
Durante o encontro, o ex-acolhido José Weverton relatou que já foi prejudicado por empregadores que se aproveitaram do seu desconhecimento sobre as leis trabalhistas. Ele disse que, agora, está preparado para defender seus direitos e que tem na Casa de Direitos um suporte, caso seja necessário. “Passei por dificuldades em várias empresas, mas isso não acontece mais. Hoje eu sei como agir e posso contar com a Casa de Direitos”, disse.
Diego Barros, gerente de Programas de Prevenção e Reinserção Social da Seprev, destaca que a reintegração profissional é um passo fundamental para o êxito da reabilitação e reforça que o programa de tratamento para dependentes químicos do Governo de Alagoas tem investido cada vez mais na reinserção produtiva dessas pessoas.
“A partir do momento que o ex-acolhido se profissionaliza, se capacita tecnicamente, as chances de ele obter sucesso no mercado de trabalho aumentam exponencialmente, ao tempo em que diminuem as possibilidades de recaída. A Seprev não tem poupado esforços para a realização deste trabalho e o conhecimento compartilhado hoje é a prova desta atenção integral ao dependente químico em recuperação”, afirmou.