Titulares buscam o trabalho em conjunto para o combate e redução da violência
O combate ao crime requer estratégias, parcerias, o trabalho ostensivo e a atuação permanente do serviço de inteligência, tanto da Polícia Civil, quanto da P2 da Polícia Militar. Por meses Penedo foi notícia nas páginas policiais do estado. E por último, ganhou os telejornais e portais de comunicação do Brasil, com a execução do cabo Manoel Messias dos Santos, 47 anos, crime ocorrido em janeiro.
A Cúpula da Segurança de Alagoas garante que os trabalhos estavam em andamento, o serviço de inteligência já atuava nos bairros mais críticos de Penedo. Porém, as operações tiveram que ser adiantadas na semana da morte do PM, buscando prender os criminosos envolvidos na morte e em vários crimes na região, e ainda, abortar a fuga dos investigados. A guerra contra o crime estava em andamento, o homicídio do PM a deflagrou mais rápido.
Os índices de violência no município de Penedo reduziram e são perceptíveis. Para continuar lutando pela diminuição, a união de forças é essencial. Logo, os delegados regionais de Penedo, Rômulo Andrade, o ex-capitão do Bope de Pernambuco e delegado titular de Arapiraca, Gustavo Xavier e de Palmeira dos Índios, Thales Araújo, estão se unindo com essa finalidade.
“Mensalmente vamos nos reunir para planejar ações de enfrentamento ao crime em nossa região. Também vamos criar uma rede de comunicação com levantamentos sobre as quadrilhas que atuam na área das três regionais. O combate ao crime é constante e o trabalho da PC é mais cuidadoso, investigativo. As operações serão constantes e nos próximos dias teremos boas notícias para a população da região”, afirmou Rômulo Andrade.
O titular ainda expôs que o trabalho em conjunto já está dando resultados. “De janeiro a fevereiro foram 11 homicídios no município de Penedo. E todos eles foram esclarecidos. A rede que estamos criando também vai ajudar nas investigações em conjunto. Neste ano em Penedo ocorreram dois assassinatos em que as vítimas residiam em outras cidades. O caso do taxista de Palmeira que foi encontrado no acesso a Ponta Mofina é um deles, e por último, o corpo localizado por populares no campo de pouso. Este último sem identificação. Então, a nossa parceria será fundamental para enfrentar a migração de crimes, com suspeitos mudando de cidades para cometer delitos”, acrescentou o titular de Penedo.
Rota de fuga
O delegado regional de Palmeira dos Índios, Thales Araújo, ainda lembrou que os três municípios possuem área territorial muito grande, zona rural, o que contribui com rotas de fuga e esconderijos.
“A região de atuação das regionais é grande, com várias rotas de fuga pelas zonas rurais. Com as regionais atuando em parceria, podemos esclarecer crimes. Desta forma, unidos, poderemos combater o crime com maior eficiência. Além disso, possuímos afinidades, conhecemos o modo operacional de cada um. Pertencemos a mesma turma e concluímos o curso de delegado juntos. Buscamos com essa parceria a diminuição dos crimes, o enfrentamento com mais agilidade e resultados”, assegurou o titular de Palmeira dos Índios.
Assassinato do cabo Messias
Pontuando a eficácia, o resultado do trabalho em conjunto, o delegado regional de Penedo citou a prisão de três envolvidos na morte do cabo da PM Manoel Messias dos Santos, 47 anos, assassinado em janeiro deste ano.
“Graças ao trabalho em conjunto, P2 do 11º BPM de Penedo e 7ª DRP, conseguimos em tempo hábil prender todos os envolvidos e elucidar o crime. O inquérito foi concluído e remetido ao Poder Judiciário. O cabo Messias foi executado por envolvimento com o tráfico de drogas no Camartelo. Além de contrair débito por ser usuário, ele atrapalhava o comércio ilegal na localidade. Prendemos dois envolvidos e um menor foi apreendido em Maceió, depois da atuação nossa e da P2. Com todas as informações levantadas, o Bope cumpriu o mandado em uma comunidade no bairro do Bom Parto. O quarto envolvido foi assassinado em Neópolis e ainda, estamos investigando para prender o quinto envolvido na morte do policial militar. Podemos perceber que o trabalho em parceria surte resultado rápido”, concluiu Rômulo Andrade.
Os dois presos acusados de participação no crime, Everton dos Santos, 18 anos, o ‘Dindinha’ e Jackson Rocha Santos, vão responder por homicídio, tentativa, corrupção de menores e associação criminosa.
Os envolvidos
Everton dos Santos, o ‘Dindinha’, foi o mandante e estava guiando uma das motocicletas. O passageiro que ele levava efetuou vários disparos contra o militar. Esse envolvido é maior e se encontra foragido. Jackson Rocha Santos emprestou sua motocicleta sabendo qual era o propósito, o veículo foi abandonado na cena do crime. Sua esposa Lucineide vai responder por falso testemunho por ter ido até o local do crime e contar que a motocicleta tinha sido roubada na estrada do povoado Cooperativa.
Outro envolvido é conhecido por Keka e vai alcançar a maior idade só em agosto. Ele foi apreendido na capital e já se encontra na Unidade de Internação de Menores (UIM). O infrator foi outro executor que efetuou vários disparos contra o cabo Messias. Keka estava na moto de Jackson Rocha. O veículo era guiado pelo menor Willian Cristian, 17 anos, que depois de perder o controle e ambos caírem, resolveram sair correndo, abandonando a moto na cena. Esse último foi encontrado morto em uma área de plantio de cana, próximo a saída de Neópolis/SE, sentido Aracaju.
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