Marcelo Arantes requisitou a revogação de prisão preventiva do réu
Os depoimentos dos acusados na morte do professor Paulo Bandeira, ocorrido há dez anos, no município de Satuba, deram início nesta quarta-feira, 20. Sentado na cadeira dos réus, o ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Satuba, Marcelo José dos Santos, assistido pelo defensor público Marcelo Barbosa Arantes, foi o segundo a prestar esclarecimento sobre o caso.
Marcelo José era considerado foragido no primeiro dia do julgamento, na última segunda-feira, visto que o pedido de prisão preventiva não chegou ao seu atual endereço de residência. No início da semana, para surpresa do conselho de sentença, familiares e curiosos, o ex-chefe de gabinete, chegou ao julgamento acompanhando do defensor público.
Marcelo Arantes requisitou a revogação de prisão preventiva do réu. O defensor se baseou nos fatos, que constam nos autos do processo, onde em momento algum, o réu “ameaçou testemunhas ou atrapalhou a tramitação do feito”.
Entre as alegações da Defensoria, está o período de três anos em que Marcelo José dos Santos esteve preso, justamente pela suposta participação no crime que chocou Alagoas. Além de que ele se apresentou espontaneamente esta semana.
Vale ressaltar, que o ex-chefe de gabinete tinha um advogado particular constituído, que por ventura de problemas financeiros do réu, teve que abandonar o caso, cedendo espaço ao trabalho constitucional da Defensoria Pública.
Apresentados os argumentos, o Ministério Público Estadual acatou o encaminhamento do defensor público e deu parecer favorável a revogação da prisão de Marcelo José. Do mesmo modo entendeu o juiz Jonh Silas, que preside o julgamento.
“Revogo a prisão preventiva do acusado advertindo-o de que a liberdade, que ora lhe é concedida não deve ser entendida como mera liberdade”, salientou o magistrado. Jonh Silas determinou ainda que Marcelo José deve se apresentar sempre que for ordenado, sob pena de ter novamente sua prisão preventiva decretada.
