
Andrea Carla Tonin garante que demanda judicial da defensoria é grande com relação à Saúde de Penedo
Há dois anos a defensora pública, Andrea Carla Tonin, atua em Penedo. E só nos últimos sete meses, a demanda judicial do órgão teve um aumento significativo. Para mostrar o seu descontentamento, Tonin usou as redes sociais nesta quarta-feira (07).
Em um post no Facebook, ela criticou: “Algumas coisas me deixam profundamente descrente, de que funcionarão minimamente bem. Já estamos no mês de agosto e a Secretaria de Saúde de Penedo ainda não conseguiu regularizar a situação dos medicamentos mais solicitados e de uso contínuo, inflamando o judiciário de ações desnecessárias”.
E a defensora pública ainda acrescentou em sua página pessoal, fazendo um alerta as autoridades penedenses. “Autoridades vamos fazer as coisas funcionar! Se não tá dando certo com as pessoas que estão aí, vamos fazer as devidas substituições, porque despreparo tem limite”, desabafou.
Em contato com Tonin, ela explicou que usou as redes sociais para mostrar o seu descontentamento, diante da demanda judicial que tem aumentado este ano. Segundo ela, 30% das ações judiciais da defensoria são com relação à Secretaria de Saúde. “Cerca de 30% da nossa demanda são voltadas a área da Saúde. Estou aqui há dois anos e vejo que esse é o pior momento. Se fosse com medicamentos caros, exames e consultas com valores altos, até que poderíamos entender, mas, com remédios são de uso contínuo. Estamos comprometendo a máquina judiciária com ações que poderiam ser revolvidas rapidamente”, explicou.
A defensora pública observou que grande parte das ações são para aquisição de medicamentos, consultas e exames médicos. “Se estivéssemos no início da gestão até poderíamos entender. Mas, já se passaram sete meses. O gestor precisa estabelecer prioridades. Existem demandas para medicamentos de uso contínuo que custam R$ 80. Isso é inadmissível. Não podemos permitir”, reclamou.
“Não defendo bandeira política”
Andrea Tonin disse que seu desabafo foi apenas para mostrar a sua indignação diante da demora da gestão em resolver seus problemas e garantiu que não está defendendo bandeira política. “Não estou defendendo bandeira política. Também não quero que ninguém saía. Quero que os funcionários arregacem as mangas. Eles estão com os salários em dia. Então, é preciso mostrar trabalho. Se você se comprometeu em fazer um trabalho, precisa mostrar que tem valor”, completou a defensora pública Andrea Carla Tonin.
Mais agilidade e pessoas que trabalhem sete dias por semana
Tonin concluiu que precisa de respostas mais ágeis com relação às demandas judicias e, que os servidores municipais trabalhem sete dias por semana, não apenas dois ou três e voltem para suas casas. “Estamos recebendo algumas respostas, aos poucos. Timidamente. Aquém do esperado. E encerro dizendo que precisamos de pessoas que trabalhem no serviço público sete dias por semana, não apenas dois ou três e voltam para as suas casas”, encerrou.