Talles da Silva já é condenado há mais de 30 anos de prisão
A Polícia Civil lotada no 8º Distrito da Capital, sob o comando da delegada Luci Mônica conseguiu desarticular uma associação criminosa voltada ao crime de estelionato comandada por um reeducando do presídio Baldomero Cavalcanti identificado como Talles da Silva Souza, de 25 anos, o vulgo “Xará”.
De acordo com as informações policiais, o detento, na companhia de pessoas de sua própria família, vinha aplicando o golpe que ficou conhecido como o “conto do sobrinho”. De dentro do presídio, o reeducando ligava para suas vítimas dizendo ser “sobrinho” delas e que estava precisando de dinheiro para consertar o carro.
Ainda segundo a polícia, na maioria dos casos o criminoso conseguia ludibriar as vítimas porque geralmente escolhia pessoas idosas. Depois de alguns minutos de conversa, Talles da Silva conseguia que as pessoas depositassem o dinheiro em uma conta bancária que ele fornecia durante a ligação. A polícia acredita que somente nos últimos dias, três pessoas foram vítimas do golpe. Em dois casos, a polícia conseguiu levantar inclusive de quem eram as contas e indiciou “Xará”.
“O reeducando usa pessoas ligadas a ele, normalmente a ex-mulher ou a namorada, para que peça a alguém que forneça a conta bancária para que o dinheiro seja depositado. A gente chega ao titular da conta que afirma não saber do golpe e que fez tudo por amizade àquela pessoa ligada ao estelionatário”, explica Luci Mônica.
Os prejuízos causados às vítimas variam entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Além de “Xará”, os intermediários dos golpes também foram indiciados em inquérito por estelionato. A delegada afirma ainda que Talles da Silva Souza possui vasta ficha criminal, respondendo por dois crimes de estelionato, dois arrombamentos de veículos, um homicídio, roubo majorado e por roubo a banco, neste último caso junto à Polícia Federal. Em apenas dois desses casos, ele foi condenado a 31 anos de prisão.
“Estamos divulgando esses casos para que as pessoas tenham cuidado e não caiam no golpe. O acusado é uma pessoa muito esperta e consegue ludibriar suas vítimas. Se alguém lhe telefonar com uma conversa parecida com este caso, não façam o depósito sem antes constatar realmente que está ajudando o parente”, concluiu a delegada.
