A realidade virtual nos games e no cinema foi o tema de um bate-papo na tarde de deste domingo (3) no Geek & Quadrinhos, espaço cultural que tem sua estreia nesta 18ª edição da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Sob a mediação de Affonso Solano, curador do espaço, o debate reuniu Flávia Gasi (do blog Garotas Geek), André Falcão (fundador da agência digital Arco Labs) e Didi Braga (do site Matando Robôs Gigantes), para responder à indagação: “afinal, até quanto a realidade virtual vai avançar a ponto de ser uma experiência desagradável?”.
ara os especialistas no assunto, a tecnologia criada nos anos 50, nos EUA, para simulações de voo, caminha a passos largos para proporcionar ao usuário uma experimentação cada vez mais humana, mas que ainda está distante de substituir as interações humanas. “Certas tecnologias vão transformar nossas relações pessoais, mas não serão capazes de nos modificar a ponto de nos transformar em outra coisa que não humanos”, comentou Flávia.
Sobre os malefícios da realidade virtual para as crianças, os três debatedores foram conclusivos ao afirmar que não há estudos que comprovem a capacidade de interferência negativa no desenvolvimento infantil. No entanto, eles destacaram que os responsáveis devem ser os administradores dessas mídias em casa, na escola ou em outros ambientes. “A educação das crianças é de responsabilidade dos adultos. Ninguém conseguiu mensurar ainda o quanto um jogo ou filme de realidade virtual é capaz de fazer mal a uma criança, o problema é o excesso. E isso serve para qualquer coisa”, concluiu Didi.
