Um incêndio registrado na madrugada desta terça-feira, 29, destruiu parte da casa e dos móveis de uma residência localizada na Rua das Bananeiras, situada no centro de Penedo. De acordo com o proprietário Mário Jorge Lima Filho, o incêndio foi provocado por um curto-circuito no ventilador que funcionava em um dos quartos da casa.
“Nós estávamos dormindo, eu, minha esposa e nossos dois filhos, quando percebi que o ventilador estava em chamas. Rapidamente peguei um lençol e molhei para tentar abafar o fogo, mas as chamas se espalharam pelo mosqueteiro e a partir daí ficou difícil. O fogo subiu rapidamente, não sabíamos o que fazer quando começamos a ver a casa pegando fogo, o único pensamento era de salvar nossos filhos”, disse Mário Jorge.
O desespero da família chamou a atenção dos vizinhos que de imediato começaram a jogar água pelo telhado e retirar os móveis da casa. Uma vizinha ligou para o 6º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar (GBM), sediado em Penedo, mas recebeu a informação de que o caminhão que deveria proceder o atendimento está passando por revisão mecânica em Maceió.
Indignação
Segundo a senhora Ylka Batista da Silva que reside próximo ao local incendiado, o Corpo de Bombeiros demorou cerca de uma hora para chegar. Além da demora e sem o caminhão que deveria estar em Penedo para conter as chamas, os militares não puderam fazer nada, além de colher os dados das pessoas que estavam na casa e oferecer atendimento para remoção de algum ferido para a Unidade de Emergência, o que não foi necessário.
“É um verdadeiro absurdo termos uma sede do corpo de bombeiros na cidade de Penedo e quando acontece um incêndio os militares ficarem de mãos atadas e sem condições de prestarem o atendimento a uma família desesperada”, desabafou dona Ylka.
Falta de Estrutura
Pelas informações prestadas pelo capitão Rodineli do 6º GBM, o caminhão está na capital alagoana desde a última semana para manutenção e revisão do veículo, devendo retornar à cidade ribeirinha até o final desta semana. O capitão informou que os bombeiros estiveram no local para prestar atendimento às pessoas, mas o fogo já havia sido controlado pela população quando da chegada dos militares.
Precariedade
Apesar de prestar um serviço de significativa relevância à população do Baixo São Francisco, o 6º GBM continua instalado precariamente nas dependências do Aeroporto Freitas Melro. No caso de registros de afogamento na região, os militares ficam sem condições de prestar um serviço de buscas para o dia do acontecimento devido a falta de equipamentos necessários para mergulho.
O governo estadual já acenou a possibilidade de construir a sede do 6º GBM ainda em 2011, promessa ainda não cumprida. O descaso se repete com o 11° Batalhão de Polícia Militar (BPM), que já tem terreno doado pela prefeitura e espera, desde 2009, pelo início da obra de construção. Infelizmente, apesar de toda as dificuldades vividas pelos militares, os projetos de construção das sede próprias para as duas unidades das corporações em Penedo ainda não saíram do papel.