Filme venceu o Prêmio Illy de Curta-Metragem, único dedicado ao formato na mostra
O curta-metragem brasileiro “Sem Coração”, dos diretores Nara Normande e Tião, foi eleito o melhor curta-metragem na Quinzena dos Realizadores, prestigiada mostra paralela do Festival de Cinema de Cannes, que terminou no último sábado, dia 24. O filme venceu o Prêmio Illy de Curta-Metragem, único dedicado ao formato na mostra.
Filmado no litoral de Alagoas, a produção mostra as férias de um adolescente de classe média urbana em uma vila pesqueira e suas descobertas durante este período, quando conhece e se apaixona por uma garota que usa marca-passo, preconceituosamente chamada pelos meninos da vila de Sem Coração. Em 2008, o diretor Tião já havia sido condecorado na Quinzena dos Realizadores por seu curta-metragem “Muro”.
A ANCINE foi representada no 67º Festival de Cannes pelo seu diretor-presidente, Manoel Rangel, e pelo assessor internacional, Eduardo Valente. Os dois se reuniram com autoridades audiovisuais de países como a França, Itália, Alemanha, México e Bélgica, além de acompanharem o trabalho dos produtores brasileiros associados ao Programa Cinema do Brasil no Marché du Film.
Os representantes da ANCINE acompanharam dois encontros de produtores do Brasil com seus pares de outros países. Em parceria com o National Film and Video Foundation – NFVF, no dia 16, a ANCINE promoveu o encontro de 14 produtores brasileiros com profissionais da África do Sul.
Já o Cinema do Brasil organizou, em conjunto com a New Zealand Film Comission, encontro com produtores neozelandeses, no dia 19, no escritório que a instituição daquele país ocupa durante o evento. Nas duas ocasiões, o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, abriu os trabalhos, dando as boas vindas e falando da importância de eventos como aqueles para estreitar os laços entre os produtores de audiovisual dos países.
“Conforme anunciamos nos eventos, a ANCINE está em processos adiantados de discussão de termos para assinar acordos de coprodução com a África do Sul e a Nova Zelândia. No entanto, a esfera político-institucional sozinha não faz com que acordos desse tipo sejam bem sucedidos, pois é necessário, acima de tudo, que exista a interação entre os setores produtivos de cada país. Daí a importância estratégica de usar momentos como o Festival de Cannes, em que os principais representantes de cada país naturalmente se fazem presentes, e estreitar os laços que podem dar origem, no futuro, a obras de coprodução entre o Brasil e esses países”, afirmou o diretor-presidente da ANCINE.
Os representantes da ANCINE estiveram presentes também na projeção oficial do longa-metragem “El Ardor”, coprodução do Brasil com a Argentina, França e México. Dirigida pelo argentino Pablo Fendrik e premiada com recursos do edital de coprodução entre a ANCINE e o Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales – INCAA(Argentina), a produção foi exibida em mostra oficial do festival.
Por meio do Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais e de Projetos de Obras Audiovisuais Brasileiras em Laboratórios e Workshops Internacionais, a ANCINE ajudou a viabilizar as presenças da atriz Alice Braga, na sessão do longa “El Ardor”, na Seleção Oficial; do curta “Sem Coração”, na Quinzena dos Realizadores; e do projeto de longa em desenvolvimento “Todos os Mortos”, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, no evento de mercado e coprodução La Fabrique des Cinémas du Monde.
Já pelo Programa de Apoio à Participação de Produtores de Audiovisual em Eventos de Mercado e Rodadas de Negócio, a ANCINE também beneficiou representantes de dezenove empresas produtoras brasileiras independentes, que receberam apoio financeiro para participar do Marché du Film, espaço de negócios do Festival de Cannes.
