Professores-doutores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) participaram na última sexta-feira (04) na cidade de Penedo do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar da RIDESA (Rede Interuniversitária de Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro) ofertando o “Curso Compacto de Capacitação de Recursos Humanos para a Agroenergia a partir da Cana-de-Açúcar”.
O curso foi gratuito e realizado das 8 às 18 horas no auditório do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (SINDSPEM) contando com apoio das usinas Paisa e Marituba. Entre os temas do curso, coordenado pela professora Vera Dubeux Torres, da Ufal, estiveram “O setor canavieiro e a importância do melhoramento da cana-de-açúcar”, “Manejo das principais variedades da Cana-de-Açúcar”, “Doenças da Cana de Açucar” e “Adubação da cana-de-açúcar”.
“O curso visou como público alvo, técnicos da cana-de-açucar e do sucroalcooleiro, sendo financiado pelo CNPq atingindo quase 200 técnicos do setor”, afirmou o professor Geraldo Veríssimo, coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar da Ufal, projeto integrante da RIDESA.
RIDESA
A RIDESA é formada por 10 universidades federais e é presidida atualmente pela reitora Ana Dayse Rezende Dorea, da Ufal. A Rede nasceu do antigo Programa Nacional de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (Planalsucar), programa do governo federal que, em 1990, foi assumido por um grupo de universidades federais.
“Este curso mostra o comprometimento da RIDESA e o trabalho de seus pesquisadores em estudar e disseminar conhecimentos sobre a cana-de-açúcar. Nossa expectativa é de que esta atividade de Penedo, coordenada com êxito pela professora Vera Dubeux Torres, conte com a participação intensa de profissinais”, resumiu Ana Dayse.
Em 20 anos de história, a RIDESA já desenvolveu 59 variedades de cana-de-açúcar, que, somadas às 19 produzidas pelo Planalsucar, hoje correspondem a 58% da área de cana plantada no país. Atualmente, a Rede conta com 246 profissionais de uma equipe multidisciplinar, 89 professores e pesquisadores, 62 técnicos agrícolas, 75 técnicos operacionais e 20 administrativos.
A Universidade Federal de Alagoas tem uma posição privilegiada na Ridesa, por conta do Banco de Germoplasma, criado em 1966 pelo Sindaçúcar/AL e herdado em 1990 pela Ufal. Nesse Banco, localizado na Serra do Ouro, no município de Murici, estão armazenados os recursos genéticos do PMGCA, com 2.600 tipos de cana (dentre espécies e híbridos).