Através da educação e qualificação profissional, a Superintendência de Administração Penitenciária tem dado oportunidades para as pessoas privadas da liberdade. Graças a este trabalho, as reeducandas do Presídio Feminino Santa Luzia estão participando do curso de auxiliar de cabeleireiro, ofertado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), com carga horária de 200h.
As aulas começaram no dia 13 de julho, com término previsto para o dia 27 de setembro. Ao todo, 40 reeducandas, divididas em duas turmas, estão tendo a oportunidade de aprender uma profissão com o curso coordenado pelo professor Alexandre Barros, com o apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL).
Cláudio Teixeira, professor responsável pelas turmas no presídio, explica a importância da capacitação. “Se ofertamos um curso de auxiliar administrativo, apesar de capacitada, a empresa pode não querer contratar devido a ficha criminal, mas com esse curso, mesmo não sendo contratada por um salão, elas podem trabalhar em casa ou em domicílio”, disse.
Clarisse Vieira é uma das 40 reeducandas que está tendo a oportunidade de se capacitar. Presa há oito meses, essa é a primeira vez que participa de um curso profissionalizante no sistema. “Eu já trabalhava com cabelo antes, mas tinha dificuldade em conseguir trabalho na área pela falta do certificado”, explicou.
Ainda segundo Vieira, além de ensinar um ofício, a capacitação está sendo benéfica para sua vida. “Eu estava em depressão e o curso está me ajudando muito. Estou aproveitando todas as oportunidades, sempre estou atenta as aulas e praticando o que o professor ensina. Além disso, graças ao curso, estou conseguindo me aproximar das minhas colegas e interagir com elas”, falou.
Simone de Oliveira é outra reeducanda que está aproveitando a oportunidade. “Já participei de outro curso e sempre que posso, aproveito as oportunidades que nos dão aqui, pois é importante aprender e se profissionalizar”, afirmou.
Antes de encerrar a aula, o professor Cláudio Teixeira destacou o entusiasmo da reeducandas. “Elas são muito interessadas, a participação é total”, finalizou.