Encontro vai reunir representante de sete aldeias índigenas na Mata da Cafurna, em Palmeira do Índios, território dos Xukurus-Kariris
Cerca de 80 índios do Curso de Licenciatura Indígena de Alagoas (Clind – AL) da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) participam nos dias 04 e 05 de junho do 1º Estudos Cooperados do curso de graduação na comunidade da Mata da Cafuna, em Palmeira dos Índios. Os alunos são provenientes das tribos indígenas Kariri, Jiripancó, Wassu, Koiupanká, Tingui Botó, Karapoto Plaki-Ô e Xucuru.
O encontro pretende promover a integração entre a sala de aula e a realidade vivenciada pelos graduandos. Serão realizadas oficinas e palestras, além de momentos de convivência onde serão mostradas práticas culturais indígenas. Nesta etapa, os alunos irão debater temas ligados ao meio ambiente e saúde.
Mais do que a aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, os Estudos Cooperados serão uma oportunidade de socializar experiências. “As pessoas mais velhas da tribo que vão receber o grupo, neste caso Xucuru – Kariri, irão relatar a história da chegada dos indígenas e contar mitos e lendas da comunidade”, explica a professora Margarete Paiva.
A abertura do evento acontece na sexta-feira (04), às 14h, com a presença da reitora da Uneal, Laudirege Fernandes Lima, do professor – doutor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Aldir Santos de Paula, além dos docentes do Curso de Licenciatura Indígena.
O curso de Licenciatura Indígena de Alagoas da Uneal – primeira graduação do Nordeste na área – foi criado em 2010, com a oferta de 80 vagas para indígenas alagoanos. Cada turma tem 20 alunos que poderão lecionar nas áreas de Ciências Biológicas, História, Pedagogia ou Letras.
O Clind-AL tem duração de quatro anos e atende a uma demanda do povo indígena que, desde 2006, solicitava a criação de uma graduação que proporcionasse a formação de professores indígenas. O objetivo é que esses docentes possam dar continuidade ao ensino desenvolvido nas tribos.
