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Cuba vai libertar mais seis presos políticos, informa Igreja Católica

A Igreja Católica de Cuba anunciou a libertação de mais seis presos políticos. Em nota, a instituição informa que os detidos aceitaram deixar o país e seguir em direção à Espanha, assim como os primeiros 20 dissidentes que ganharam a liberdade. O assunto não foi mencionado por autoridades cubanas nem há informações no jornal oficial de Cuba, o Granma. A ideia é libertar um total de 52 presos até novembro.

De acordo com a nota da Igreja, os presos que serão libertados são: Marcelo Manuel Cano Rodríguez, Regis Iglesias Ramírez, Juan Carlos Herrera Acosta, Efren Fernandez Fernandez, Fabio Prieto Llorente e Juan Adolfo Fernández Sainz.

Em julho, o presidente de Cuba, Raúl Castro, negociou com o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, e autoridades da Igreja Católica cubana a libertação de 52 dos 75 presos políticos mantidos em cárceres no país. Os dissidentes foram enviados para a Espanha. Alguns deles reclamaram que houve a imposição de um exílio e que não tiveram escolha.

Em entrevistas coletivas concedidas na Espanha, alguns dos presos políticos reclamaram do regime político vigente em Cuba e demonstraram que gostariam de permanecer no país caribenho. Não houve manifestações de representantes do governo cubano sobre as queixas.

A Anistia Internacional cobra a libertação de todos os dissidentes políticos presos no país. A entidade exige também garantias de que eles, se quiserem, poderão permanecer em Cuba. Segundo o órgão, os presos foram detidos em 2003 durante um episódio que ficou conhecido como Primavera Negra. Na ocasião, houve 75 prisões. Mas, de acordo com a entidade, 23 pessoas já deixaram as prisões.