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Criptomoedas 2024: o futuro do investimento digital no Brasil

As criptomoedas têm experimentado um crescimento exponencial nos últimos anos, sobretudo após 2020, ano em que o valor do Bitcoin, a principal moeda virtual, teve um aumento surpreendente. Com a sua popularização e o surgimento de diversas outras moedas digitais, o mercado de criptomoedas tem se mostrado cada vez mais dinâmico e inovador.

De acordo com um artigo publicado no blog da ExpressVPN, o Bitcoin já supera em popularidade alguns ativos tradicionais, como ouro e acúcar. A criptomoeda, juntamente a itens colecionáveis, tais como ativos digitais (NFTs, por exemplo) e artigos tangíveis (uísques raros, arte etc.), tem sido alvo de grande interesse entre os investidores.

De acordo com um estudo realizado pela FIS Global, uma multinacional do setor de inovação tecnológica, em 2022 havia mais de 300 milhões de pessoas proprietárias de criptomoedas ao redor do mundo. Contudo, esse número é considerado baixo, uma vez que o mercado de criptomoedas tende a crescer ainda mais em razão da nova economia digital que vem se estabelecendo.

Mas o que faz milhões de pessoas se interessarem por um ativo digital que sequer existe no mundo físico? Afinal, são apenas códigos que, combinados, criam essas moedas valiosas. Neste artigo vamos analisar um pouco mais a questão e tentar explicar aos nossos leitores como é o cenário atual das criptomoedas no Brasil.

Bitcoin: a moeda digital do futuro

Atualmente, o Bitcoin vale algo em torno de US$ 135 mil, e já chegou a mais de US$ 350 mil em 2021. Essa valorização gerou uma série de debates e mudou o modo como as pessoas enxergam o mercado de investimentos.

O Bitcoin é o representante mais famoso das criptomoedas e, tal como todas as outras, é uma moeda digital descentralizada, ou seja, sua utilização não depende da participação de entidades governamentais ou bancos centrais. Sendo assim, diferente das moedas correntes, como o dólar e o real, esses ativos não podem ser controlados pelo estado. É um dinheiro eletrônico negociado com transações ponto-a-ponto (P2P), isto é, diretamente entre usuários, sem a participação de terceiros e intermediários. Ao adquirir algo utilizando criptomoedas, os códigos relativos às criptomoedas usadas saem diretamente do computador do comprador para o do vendedor.

O primeiro modelo de moeda digital foi criado em 2008 por uma pessoa (ou grupo de pessoas) sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Um fato interessante é que o primeiro valor registrado do Bitcoin foi em outubro de 2009, quando o New Liberty Standard, um website criado por entusiastas da moeda, publicou a sua primeira taxa de câmbio, estabelecendo o valor de uma unidade em US$ 0,00076. Na época, era esse o custo da eletricidade para executar um computador que gerava Bitcoins.

A importância da regulamentação

A regulamentação das criptomoedas é fundamental para garantir a segurança dos investidores e a integridade do mercado. Uma regulamentação clara pode prevenir fraudes, proteger o capital dos investidores e evitar práticas ilícitas, tal como a lavagem de dinheiro.

Além disso, a regulamentação pode atrair mais investidores para o mercado, consolidando as criptomoedas como uma opção de investimento legítima. Afinal, há um interesse crescente por questões de segurança e privacidade. Em um estudo de 2023 publicado pelo Pew Research Center, um laboratório de ideias sediado em Washington, Estados Unidos, apenas 25% dos entrevistados afirmaram confiar na segurança das criptomoedas.

Regulamentação no Brasil deverá vir em 2024

O Brasil tem discutido a possibilidade de regulamentação do setor das moedas virtuais no próximo ano. A principal meta da regulamentação é garantir a segurança dos investidores. Com regras claras, é possível prevenir fraudes e proteger o capital daqueles que optam por investir em criptomoedas.

Fonte: Unsplash

Nesse sentido, o Banco Central do Brasil tem trabalhado para estabelecer um marco regulatório que traga segurança jurídica ao setor. A partir de uma regulamentação bem estruturada, o futuro das moedas virtuais no Brasil é promissor. A expectativa é de um mercado mais seguro, capaz de atrair mais investidores e consolidar as criptomoedas como uma opção de investimento viável e interessante.