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Maceió

Crianças de escola pública ganham parquinho confeccionado pelos reeducandos

Ascom Sgap

A semana do Dia das Crianças teve um significado ainda mais especial para os alunos da Escola de Educação Infantil Graciliano Ramos, localizada no Village Campestre, em Maceió. Nesta terça-feira (11), a unidade de ensino recebeu e inaugurou um parque doado pelo Sistema Geral de Administração Penitenciária (Sgap) e confeccionado pelos reeducandos.

“Uma escola infantil precisa de um parquinho e era isso que os professores e as crianças desejavam há muito tempo”, destacou o superintendente geral de Administração Penitenciária, tenente coronel Carlos Luna. Ele havia visitado a escola pública – que fica no entorno do sistema prisional – para fazer a entrega de brinquedos e produtos de limpeza também confeccionados pelos reeducandos. Na ocasião, percebeu a necessidade de um parque para que as crianças, com idades entre quatro e cinco anos, pudessem se divertir durante o recreio.

O parque foi construído sob a coordenação da Gerência de Produção e Laborterapia do sistema prisional. De acordo com Cínthia Moreno, gerente de Produção e Laborterapia, o engajamento de todos foi fundamental para que o parque se tornasse realidade. “Desde o início houve o engajamento de todos. Pesquisamos o modelo na internet, os tipos de brinquedos, as cores e a forma mais segurança para evitar acidentes na hora da brincadeira”, contou.

Como forma de agradecimento, as crianças fizeram desenhos e colocaram no papel o parquinho dos sonhos de cada uma delas. “Enviamos os desenhos com agradecimento antecipado das crianças para os reeducandos”, afirmou Lindoana Beril, diretora da escola.

O resultado dos trabalhos fez com que o Sgap criasse o projeto “Nosso Parquinho”, por meio do qual serão construídos novos brinquedos pelos reeducandos, que serão levados para as escolas públicas. A iniciativa conta com a parceria do Ibama, que doa a madeira, e de empresários.

“Esse foi o melhor presente que nossos alunos poderiam ganhar na Semana da Criança. Saber que o parquinho foi fruto do trabalho de reeducandos fez a diferença. Acredito que, de agora em diante, pais de alunos, funcionários e professores vão ver esses homens e mulheres, que buscam a partir do trabalho retornar à sociedade, de outra forma”, destacou a diretora da escola.

Educação, trabalho e as condições necessárias à ressocialização dos custodiados, explicou Carlos Luna, devem ser oferecidos pelas unidades penitenciárias, como preconiza a Lei de Execução Penal. “Com a ampliação das oficinas de laborterapia, a criação da Indústria do Conhecimento, do Núcleo Industrial BR-104, e agora do Núcleo Ressocializador da Capital, reafirmamos o nosso compromisso com a reintegração social do preso. É a ressocialização a melhor saída, não temos dúvidas disso”, destacou o superintendente.