As crianças aprenderam, de forma lúdica, os meios corretos para agir no trânsito
Com o objetivo de educar as crianças para a vida no trânsito, uma série de atividades para capacitar os pequenos alagoanos sobre a conduta correta dos passageiros, pedestres e ciclistas foi realizada neste domingo (27), no Espaço de Lazer da Ponta Verde. A iniciativa, que visa contribuir para formação do cidadão que respeita as leis, não se envolvendo em acidentes de trânsito, teve a coordenação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Comitê Estadual para Redução da Morbimortalidade no Trânsito, que engloba cerca de 18 instituições.
Para os pequenos contribuírem com um trânsito seguro, a ação mostrou de forma lúdica os meios corretos para agir no trânsito, com atividades como jogos de tabuleiro, certo e errado, quebra-cabeças e jogos de memória, além de distribuição de brindes, como mochilas, squeezes e livros para colorir.
Enquanto brincava de jogo da memória, a pequena Clara Pancieri, com seis anos de idade, disse que passou a usar o assento de elevação e o cinto de segurança. “Eu antes usava a cadeirinha, mas cresci e ela ficou pequena para mim”, contou a criança.
Em poucas palavras, Clara reforçou a campanha “Segurança no trânsito não é brincadeira de criança”, que alerta os pais da necessidade de transportarem seus filhos utilizando os equipamentos de segurança. Isso porque, de acordo com a legislação, o condutor que não usar equipamentos de segurança no banco de traseiro (bebê-conforto, cadeirinha de segurança, assento de elevação e o cinto de segurança de três pontos) no transporte de crianças de até 10 anos de idade, comete infração gravíssima, sujeito a multa e perda de sete pontos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A contadora Karla Pancieri, mãe de Clara, aprovou a ação dedicada às crianças. “As brincadeiras são ótimas para aperfeiçoar na cabecinha deles tudo o que a gente fala sobre os cuidados no trânsito”, afirmou. E, assim, muitas outras crianças aproveitaram o domingo, aprendendo e brincando com jogos educativos e interativos, por meio de atividades que fizeram os pequenos interagirem em equipe, como no trânsito, fazendo com que o respeito ao outro nasça já no próprio jogo.
Para Eloy Yanes, coordenador do Comitê Estadual para Redução da Morbimortalidade no Trânsito, a ação é também fruto do trabalho desenvolvido pelo comitê, responsável por estreitar as relações entre as instituições, com o objetivo de orientar as crianças e garantir assim um trânsito melhor no futuro. “É através da educação e fiscalização que os princípios necessários para o estabelecimento de uma convivência pacífica e harmoniosa se farão presentes no trânsito”, completou.
As ações contaram ainda com o apoio da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), dos alunos da Ufal e Fal/Estácio, do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Saúde
Durante a ação, os pais das crianças ainda tiveram a oportunidade de participar dos serviços de saúde ofertados no Espaço de Lazer da Ponta Verde. As atividades de Promoção da Saúde disponibilizadas foram as de aferição de pressão, glicemia, cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e ainda, para relaxar, massoterapia.
Acidentes com crianças
De acordo com dados do Sistema de Informação do Ministério da Saúde, no período de 2007 a 2011, ocorreram 171 óbitos de crianças e adolescentes de um a 14 anos de idade, em Alagoas. Nesse mesmo período, o Hospital Geral do Estado (HGE) atendeu 4.902 acidentados. Apenas em 2013, foram 727 jovens acidentes, de 0 a 14 anos; em 2012, o número chegou a 1.408.
De acordo com o coordenador do comitê, os acidentes de trânsito representam, entre as causas externas, uma das maiores causas de internação e óbitos, além de gerarem altos custos sociais, como os cuidados em saúde, perdas materiais, despesas previdenciárias e grande sofrimento para as vítimas e seus familiares. “A ocorrência desses eventos está relacionada, na maioria das vezes, a posturas que levam ao aumento de riscos e situações a eles vinculados”, concluiu.
