Fato aconteceu nas imediações da Escola Gabino Besouro
Uma criança de apenas 11 anos de idade que deveria ir à escola com o intuito de adquirir conhecimento para ter um futuro com mais dignidade foi visto armado com um revólver nas imediações da Escola Estadual Gabino Besouro, localizada no centro do município de Penedo. O fato foi registrado na tarde da última quarta-feira, 13 de junho, mas só foi levado ao conhecimento da imprensa na manhã desta sexta-feira, 15.
As primeiras informações sobre o caso dão conta de que o menor teria mostrado o revólver a alguns coleguinhas, que amedrontados com a presença da arma teriam procurado a direção da escola para narrar o fato.
A diretora da escola, a professora Jeane Cristina, foi procurada na manhã desta sexta-feira, 15 de junho, pelo repórter Luiz Carlos de Oliveira, o Luizão, do Programa Lance Livre, transmitido pela Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br). De acordo com a diretora, o caso realmente aconteceu e chegou a ser registrado pelo Conselho Tutelar do município ribeirinho.
“Assim que tomamos conhecimento sobre o caso procuramos o aluno para saber a veracidade da informação, mas ele mentiu dizendo que a arma era de brinquedo, mas não era, era de verdade. Conversamos com os pais dele e descobrimos que o menor é problemático, sendo inclusive expulso de outras escolas da cidade por mal comportamento. Estamos preocupados e queremos ajudar porque trata-se apenas de uma criança”, declarou a diretora.
Ainda segundo a diretora, o jovem foi levado ao Conselho Tutelar de Penedo para prestar esclarecimentos sobre o caso. Lá, foi descoberto que ele já tinha sido internado por cometer pequenas infrações, mas antes do término das medidas socioeducativas fugiu do local. O menor já avisou que se for levado novamente ao Conselho fugirá mais uma vez.
Após o fato chegar ao conhecimento dos pais dos alunos, uma grande mobilização foi realizada com o objetivo de pressionar a direção da escola, no sentido de que fosse tomada uma atitude mais enérgica para prevenir que novos fatos do tipo voltassem a acontecer.
“Fui muito pressionada pelos pais dos alunos. Não tive outra saída a não ser expulsar o aluno da escola. Não podia perder quatrocentos e poucos alunos pela atitude de apenas um”, finalizou a diretora.