×

Negócios/Economia

Crescimento da indústria e do comércio valoriza mão de obra local

Marley é um dos alagoanos que conseguiram um emprego

A política de desenvolvimento econômico do Estado nos últimos três anos e meio atraiu a soma de 42 indústrias, 20 empreendimentos comerciais de grande porte, onde se destacam o Shopping Pátio Maceió e supermercados, além de 30 hotéis e a duplicação da cadeia do segmento químico-plástico. A instalação de novos empreendimentos dinamizou o mercado de trabalho, que registrou crescimento progressivo, com a valorização da mão de obra local.

Grande parte das vagas ofertadas foi preenchida com intermediação do Sistema Nacional de Emprego (Sine), gerido, em Alagoas, pela Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Renda (Seter). Em 2006, o Sine intermediou 13.707 colocações do mercado de trabalho. O número aumentou em 2007, quando foram intermediadas 17.385 colocações, e seguiu em escala ascendente, com a inserção de 17.841 trabalhadores, em 2008, e 18.312 em 2009.

Um dos principais aspectos do crescimento econômico do Estado foi a valorização da mão de obra local, que ocupa 90% dos postos de trabalho oferecidos, gerando mais emprego e renda para trabalhadores alagoanos, boa parte deles com o primeiro emprego.

O superintendente do Shopping Pátio Maceió, Gerardo Andrade, confirma a prioridade para a contratação de moradores da região próxima ao empreendimento. Com investimento de R$ 100 milhões, o Pátio foi inaugurado em 2009, no entorno de bairros populosos como o Benedito Bentes, Tabuleiro do Martins, Serraria e região.

“Podemos afirmar, concretamente, que cerca de 70% da nossa mão de obra é de pessoas dos bairros circunvizinhos, como o Benedito Bentes, Serraria e vários outros do entorno. Se falarmos em termos gerais de Maceió, aí podemos dizer que é algo em torno de 90%”, ratifica o gerente do Shopping Pátio Maceió. Ele reforça que contratação de mão de obra local foi um dos requisitos para o preenchimento das vagas oferecidas pelo empreendimento.

Foi também em função do critério do máximo aproveitamento da mão de obra da cidade que pessoas como o jovem Marley de Santana, 17 anos, residente no bairro do Jacintinho, conseguiram uma vaga no Atacadão, outro empreendimento de grande vulto para economia de Alagoas, inaugurado há pouco mais de dois meses.

“Fiquei sabendo da vaga e arrisquei. Graças a Deus, fui chamado para o meu primeiro emprego, estou muito feliz”, conta Marley, que trabalha na função de empacotador no supermercado.

Outro trabalhador genuinamente alagoano e que encontrou vaga no atual momento de expansão da economia de Alagoas é o também jovem André Luiz, 23 anos, embora já tenha tido experiência em emprego anterior. André é morador do bairro de Fernão Velho, nas proximidades do novo supermercado instalado próximo à Polícia Rodoviária Federal, no bairro do Tabuleiro do Martins. “O problema é que eu estava parado há quase seis meses e aí foi quando surgiu a vaga, graças ao currículo que coloquei no Sine”, ressalta o jovem que trabalha na função do estoque no Atacadão.

Com um movimento médio de 7 a 10 mil clientes por dia, o gerente do Atacadão, o paulista Ederson Jordão, ratifica a preferência da empresa pelo aproveitamento da mão de obra local. “Contratamos 400 trabalhadores diretamente por meio de seleção do Sine, aqui em Alagoas, o que quer dizer que 100% da nossa mão de obra é daqui do Estado”, garante o profissional, que acrescenta outro dado. “Desses 400 contratados, 80 deles estão no primeiro emprego”, completou Jordão.