No percurso da década 2000-2010, as matrículas em cursos de licenciaturas presenciais tiveram um crescimento expressivo entre os anos de 2003 e 2008, quando passaram da casa de um milhão de ingressos, segundo dados do censo da educação superior coletados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Em 2000, o censo registrou 836,1 mil matrículas e, em 2003, esse número alcançou 1,1 milhão. O pico do crescimento aconteceu em 2005, com 1,2 milhão de ingressos na modalidade. Nos anos seguintes, o censo mostra um decréscimo lento, mostrando o ano de 2010 com 928,7 mil ingressos nas licenciaturas em todo o país.
Entre as cinco regiões, o maior crescimento ocorre no Norte, com quase o dobro das matrículas no período de dez anos. Nessa região, o censo registra 50,5 mil matrículas em 2000 e 97,5 mil em 2010. O Nordeste também apresenta crescimento expressivo na década, passando de 177,8 mil matrículas em 2000 para 237,4 mil em 2010.
O oposto acontece na região Sul. Das 164,6 mil matrículas realizadas em 2000, a região sofre queda para 131,5 mil em 2010. Apenas o Paraná apresenta crescimento no final da década – de 55,7 mil matrículas (em 2000) para 56,8 mil (2010). O Rio Grande do Sul é o estado com maior redução de matrículas no período, passando de 73,2 mil (em 2000) para 51,8 mil (2010).
Em 2010, o estado campeão em número de matrículas em licenciaturas presenciais foi São Paulo, com 194 mil ingressos. Considerando o mapa das regiões, o Paraná é destaque no Sul, com 56,8 mil; a Bahia, no Nordeste (48,2 mil); Goiás, no Centro-Oeste (32,6 mil), e o Pará, no Norte (30,2 mil).