O meia-atacante alagoano Netinho, 19, negou ontem informações contidas em um site de notícias nacional, de que o futebol do Qatar esteja sofrendo ingerência da família real, especialmente no time do Al Lekhwiya, que pertence ao Sheik Hamad Bin Khalifa Al Thani, o herdeiro do trono do Qatar.
Há dois anos, Netinho foi contratado pelo Al Lekhwiya, quando a equipe ainda estava na segunda divisão. Segundo o site, está havendo “um desequilíbrio esportivo” e uma crise que pode causar a saída de alguns profissionais brasileiros daquele país. Cita, ainda, a reportagem, que 70% dos jogadores no futebol qatari são oriundos de outros países.
As outras equipes reclamam o Al Lekhwiya tem recebido muitos jogadores naturalizados, o que caracterizaria uma preferência na Liga. Os times podem usar até três estrangeiros (mais um asiático).
Dos 25 jogadores do Al Lekhwiya, 16 são de outros países. Deles, dois são brasileiros: além de Netinho, o zagueiro Luís Carlos. O jogador alagoano foi ouvido e negou qualquer tipo de privilégios, dizendo, ainda, que o futebol do Qatar – foi escolhido pela Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2022 – o país tem recebido muitos investimentos. “O Lekhwiya é uma surpresa na competição, mas não temos tratamento diferenciado porque o time pertence ao príncipe. Não acho que os outros clubes tenham razão de reclamar. Aqui, eles valorizam os jovens, sejam eles do Qatar ou não. Eu mesmo fui convidado para me naturalizar e estou avaliando com carinho essa questão “, explicou Netinho.
O técnico Marcos Paquetá trabalhou muitos anos no Qatar e confirma a necessidade de importar jogadores para formar o campeonato e a própria seleção.