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Alagoas

CPLA cobra fiscalização contra a venda de leite clandestino

CPLA pede ajuda ao MPE para fiscalizar vende de leite clandestino em Alagoas

O presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Aldemar Monteiro, e o presidente do Sindicato das Indústrias e Laticínios do Estado de Alagoas (Sileal), Artur Vasconcelos, entregaram ao Ministério Público Estadual (MPE) documento que descrimina as áreas onde a venda de leite clandestino (leite cru) ocorrem com mais frequência no Estado. O mapa foi entregue ao procurador-geral do MPE, Eduardo Tavares, e à promotora do meio ambiente, Dalva Tenório, com objetivo de auxiliar no trabalho de fiscalização amparado em lei federal que existe há mais de 50 anos que proíbe a venda de leite cru e seus derivados.

O presidente da CPLA explicou que o comércio ilegal põe em risco a saúde da população, de acordo com estudos divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “O leite cru oferece risco a saúde da sociedade. E esses danos podem levar a doenças gravíssimas, que provocam até a morte”, lembrou Aldemar Monteiro. O representante dos produtores de leite destacou ainda que a fiscalização fortalecerá a cadeia produtiva de leite no Estado.

Unir grandes e pequenos produtores

“Já passou da hora de organizarmos a cadeia leiteira de Alagoas, mas para isso precisamos unir grandes e pequenos produtores. Quem hoje vive da comercialização do leite cru pode através da cooperativa pasteurizar o alimento e ampliar o escoamento de seus produtos”, ressaltou Monteiro.

Outra vantagem para os produtores de leite organizados em cooperativas ou associações é a possibilidade de fornecimento, por meio de convênios, para setores públicos e privados. “Não podemos elaborar projetos de crescimento porque com a dispersão da produção não obtemos estatísticas concretas. Em outros estados, por exemplo, a cadeia leiteira recebe até incentivos governamentais para uma produção maior e de qualidade”, ressaltou Aldemar Monteiro.

O procurador-geral Eduardo Tavares se comprometeu em intensificar a fiscalização de produtos sem inspeção sanitária e determinou que todos os promotores do estado cobrem o cumprimento da lei, quanto à comercialização de leite e derivados que estejam fora do padrão de consumo.