O presidente da CPI da TIM, deputado Ricardo Nezinho (PMDB), convocou para a próxima quinta-feira, dia 3, a última sessão antes da entrega do relatório final da Comissão Parlamentar que investiga a qualidade dos serviços prestados pela empresa de telefonia em Alagoas. Foram convocados para prestar esclarecimentos o gestor da Área de Relações Institucionais, Leandro Guerra; o gestor da Área de Rede, Charles Davies; e o gestor da Área de Atendimento de Clientes, Renato Cuenca, todos diretores da TIM.
De posse do relatório disponibilizado pela Agência Nacional de Telecomunicações, os deputados estaduais se reuniram para definir o rumo que será dado na última reunião da CPI. Eles começaram apreciar os documentos que contém valiosas informações acerca da fiscalização realizada pela Anatel na região Agreste – onde se concentram as principais queixas dos usuários dos serviços de telefonia, especialmente em Arapiraca. Algumas informações, ainda sigilosas, surpreenderam os parlamentares.
O relatório foi obtido em Brasília, no mês passado, após uma visita dos deputados Ricardo Nezinho e Ronaldo Medeiros (PT). Ao lado do deputado federal Renan Filho (PMDB), foram recebidos por representantes da agência reguladora, como o gerente de fiscalização, José Joaquim. No encontro, eles apresentaram as queixas surgidas até o momento e explicaram os objetivos da CPI.
O principal problema seria o fato de a empresa de telefonia, ao que tudo indica, não realizar o investimento necessário para suprir o fluxo de ligações decorrente da grande venda de aparelhos. Essa aumento no número de usuários diminuiu drasticamente a qualidade dos serviços, fazendo com que o cliente não consiga sequer completar uma ligação. O problema é tamanho, que em outros estados, como no Rio Grande do Norte, a empresa foi impedida, por um certo tempo, de habilitar a venda de novas linhas.
A expectativa dos integrantes da CPI, que também é composta pelos deputados Sérgio Toledo (PDT), Dudu Hollanda (PSD), Gilvan Barros (PSDB), é de que, com os depoimentos dos membros da operadora TIM, o relatório final de seus trabalhos possa ser entregue aos órgãos cabíveis para penalizar as irregularidades da operadora. Outro instrumento utilizado pela Comissão foi a enquete disponibilizada no site da Assembleia Legislativa, que aproximou a população da CPI, com o objetivo de consultar a população sobre suas principais queixas contra a operadora.