
Religiosos ainda serão ouvidos
Teve início nesta sexta-feira, a audiência da CPI da pedofilia, comandada pelo Senador Magno Malta, com os padres acusados de abuso sexual e pedofilia no município de Arapiraca, distante 146 km de Maceió, capital de Alagoas
Dois ex-coroinhas e uma funcionária do Monsenhor Luiz Marques foram ouvidos pelos senadores Magno Malta e Antônio Chamariz. Os juízes Giovane Jatobá e Rômulo Vasconcelos, o promotor Hamilton Neto e as delegadas Maria Angelita e Bárbara Arraes acompanharam as oitivas.
O ex-coroinha Fabiano Ferreira, peça chave do caso, pois foi o autor do vídeo que mostra o Monsenhor Luiz Marques em ato sexual com outro coroinha, declarou que o Monsenhor tem uma casa na praia da Barra de São Miguel, onde utiliza para realizar seus desejos sexuais, com coroinhas e ex-coroinhas.
Fabiano continuou fazendo revelações chocantes durante seu depoimento, onde no meio da oitiva, tirou de uma sacola uma caneta e um casaco, que segundo ele, são dois dos diversos presentes já ofertados pelo Monsenhor a ele, que na época era coroinha e sofria abuso sexual pelo sacerdote.
Em outra parte dos depoimentos, o ex-coroinha Fabiano, afirmou que os párocos eram conhecidos entre eles por nomes de mulheres. O Monsenhor Luiz Marques era Simone, Monsenhor Raimundo, Mônica, e o Bispo da Diocese de Penedo era conhecido como Vera Fischer.
O depoimento mais esperado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi o da funcionária Maria Aparecida, que trabalhava na casa do Monsenhor Luiz Marques e até o momento não havia se pronunciado a respeito do caso. Ao ser questionada pelo Senador e Presidente da CPI, Magno Malta, sobre a presença de menores na casa, ela negou veemente. Durante o depoimento de Maria, foi exibido o vídeo que mostra o monsenhor tendo relações sexuais com Flávio (ex-coroinha). O depoimento de Flávio está previsto para este sábado, e segundo informações obtidas extra-oficialmente, será um dia de grandes revelações.
Os depoimentos da CPI da Pedofilia continuam neste final de semana.