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Alagoas

Covid: 87% dos pacientes internados em leitos de UTI mantidos pela Sesau não estão imunizados ou estão com esquema vacinal incompleto

Unidades de Terapia Intensiva (UTI)

O número de pacientes não imunizados contra a Covid-19 e com esquema vacinal incompleto chama a atenção nos leitos públicos mantidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Os dados epidemiológicos da semana mostram que nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 87% dos internados estão com esquema vacinal incompleto. Esse número nas Enfermarias é ainda maior, aumentando para 91%.

O levantamento elaborado pela Sesau aponta que de 194 pacientes diagnosticados com a Covid-19 que passaram pelas UTIs, 50 não tomaram nenhuma dose dos imunizantes desenvolvidos para prevenir contra o novo coronavírus, 17 tomaram apenas uma dose, 101 se imunizaram com duas doses e 26 com as três doses.

Nas Enfermarias, dos 384 pacientes diagnosticados com a doença, 97 não se vacinaram com nenhuma dose contra a Covid-19. Ainda segundo o levantamento, 36 tomaram apenas uma dose de imunizante, 215 tomaram duas doses e 36 as três doses.

O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, vem pedindo incessantemente, em suas redes sociais e em entrevistas para imprensa alagoana, que a população conclua o esquema vacinal. “Os números de óbitos e da ocupação hospitalar tem aumentado aqui no estado. Eu já modifiquei totalmente o perfil do Hospital Metropolitano, que voltou a ter um atendimento quase exclusivo a pacientes com Covid-19. E o que a gente tem observado é que o percentual de pessoas não vacinadas têm gerado essa pressão maior na nossa Rede Hospitalar”, salientou.

Ayres ainda reforçou que a vacina é a maior proteção contra a Covid-19 e só com ela é que é possível conter o vírus. “Temos o exemplo de um senhor com 83 anos, que tomou três doses das vacinas e a sua esposa com 81 decidiu não tomar nenhuma dose. Esse senhor contraiu a Covid-19, provavelmente, a Ômicron, teve sintomas leves e infectou a esposa e ela está internada. Esse é um exemplo concreto de que você tem que se proteger e convencer a pessoa que vive com você a também fazer o mesmo”, disse o gestor da saúde estadual.