Dois corpos de vítimas do grupo foram exumados no cemitério São José
Um suposto grupo de extermínio que agia na capital alagoana começa a ser efetivamente desbaratado nesta quarta-feira, 30, com o achado de ossadas humanas enterradas de forma irregular no cemitério municipal São José, situado no bairro do Prado, em Maceió.
De acordo com as informações repassadas à imprensa, as duas ossadas humanas que foram encontradas entre o meio-fio e uma cova foram exumadas por equipes dos institutos Medico Legal (IML) e de Criminalística (IC) e em seguida foram encaminhadas ao laboratório de antropologia para serem analisadas.
O caso corre em “segredo de Justiça “, mas mesmo assim a polícia informou que conta com a ajuda de um homem que está preso e, provavelmente, participava do grupo de extermínio. O delator, que não teve o nome revelado e está ameaçado de morte, estaria informando o local onde os corpos das vítimas da suposta quadrilha teriam sido enterrados clandestinamente há mais de um ano.
Os ossos passarão por um rigoroso processo de higienização, catalogação e armazenagem, seguindo para exame específico e posterior confronto genético para que possam ser identificadas as possíveis vítimas do grupo, segundo a Perícia Oficial de Alagoas. Três pessoas suspeitas de fazer parte da quadrilha foram presas ainda na manhã desta quarta-feira, 30, pela Diretoria de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM).
O delegado Denisson Albuquerque, que comanda as investigações, informou que há cerca de três meses recebeu a denúncia de que o suposto grupo executava os crimes e enterrava os corpos no cemitério São José. Uma equipe se deslocou ao local na tentativa de encontrar o corpo de uma pessoa, mas acabou se deparando com a presença de duas ossadas humanas no local.
Os nomes dos supostos integrantes do grupo e das pessoas que já foram detidas não foram divulgados. Cinco pessoas ainda estão sendo procuradas e devem ser presas nos próximos dias. Os mandados de prisão e a ordem de exumação foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. A polícia não descarta a possibilidade de existir mais corpos em outros pontos da capital.
