O corpo visto boiando em uma ilha localizada próximo ao povoado Penedinho não era do pescador Agenor José da Silva
Os familiares do pescador identificado como Agenor José da Silva, o Geno, de 53 anos, estão desesperados em busca do corpo do homem que suspostamente faleceu afogado nas águas do Rio São Francisco na última terça-feira, 25. O barco onde a vítima pescava na companhia de um amigo virou no trecho próximo ao município sergipano de Santana do São Francisco e ele não conseguiu nadar até as margens do “Velho Chico”.
A esposa do pescador, Valdete da Silva, conversou com a redação do portal de notícias aquiacontece.com.br e tomada de muita tristeza tentou mostrar a dimensão da dor que sente em saber que um ente querido faleceu e não poder dar a ele ao menos um sepultamento digno.
“Estou muito abalada com tudo isso. Meu marido saiu de casa tão feliz para ir fazer o que ele mais gostava, que era pescar, e aconteceu uma coisa dessa. O mais triste é não saber onde o corpo foi parar para que possamos fazer o sepultamento dele. Com isso, a nossa dor só aumenta. Por favor, nos ajudem, somos pobres, mas não merecemos tanto sofrimento”, desabafou a dona de casa.
Na manhã desta quinta-feira, 27, um corpo foi visto boiando em uma ilha localizada próximo ao povoado Penedinho, zona rural de Piaçabuçu. A princípio, acreditava-se que o corpo era do pescador penedense, mas depois que os familiares de Agenor José se dirigiram ao local para fazer reconhecimento, descartaram a possibilidade e voltaram a Penedo para aguardar novas informações sobre o caso.
Ainda durante a conversa da esposa do pescador com a redação do aquiacontece.com.br, feita via contato telefônico, a dona Valdete declarou que não está recebendo o apoio necessário das autoridades. “Não estamos recebendo apoio de ninguém. Nem do Corpo de Bombeiros daqui, nem do de Sergipe. Estamos procurando o corpo com a ajuda de nossa família e de alguns amigos que se sensibilizaram com nossa dor, somente isso”, acrescentou.
O corpo encontrado no Penedinho permanece no local sem identificação, mas deve ser encaminhado ao Instituto Médico Legal de Arapiraca. Caso não seja reconhecido, o cadáver deverá ser sepultado como indigente.