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Esporte

Corinthians e Palmeiras fazem o clássico paulista nessa rodada do Brasileirão

Tite e Felipão fazem um duelo particular no Pacaembu

Um clássico que promete muitas emoções aos torcedores que se fizerem presentes ao estádio Paulo Machado de Carvalho, Pacaembu, logo mais às 16hs. O Corinthians vai em busca de uma vitória, na tentativa de salvar o “ano do centenário” onde, até aqui, não obteve nenhuma conquista, enquanto que o Palmeiras respira com a possibilidade de conquista de uma das vagas para a Libertadores e também sepultar as chances do seu rival.

Atualmente, a quatro pontos do líder Cruzeiro e a três do Fluminense, o time do Parque São Jorge sabe que não pode mais desperdiçar pontos. Sem vencer há sete rodadas, os corintianos precisam ganhar, ou caminharão para fechar a temporada sem motivo para festa. “É um jogo-chave. A vitória remete a uma projeção da possibilidade de busca do título, mas a derrota retira essa possibilidade”, enfatiza o estreante da tarde, o técnico Tite.

Após apresentar a amplar vantagem de 11 pontos em relação ao terceiro colocado e 15 sobre o Palmeiras (agora são apenas seis), o Corinthians despencou na tabela e já vê até a vaga no torneio continental ameaçada. “A equipe do Palmeiras está vivendo um grande momento, vem de bons jogos, teve o retorno do Valdivia… Mas sabemos que temos de voltar a vencer. Diante da nossa torcida, no Pacaembu lotado, precisamos impor nosso ritmo”, diz o meia Bruno César.

Do time considerado o ideal, o Corinthians não terá apenas o atacante Jorge Henrique e Dentinho, machucados. Com força quase máxima, Ronaldo empolgado e casa cheia, a confiança é enorme no Parque São Jorge. “Na outra passagem pelo clube eu corria para fugir do inferno (contra o rebaixamento em 2004). Agora vou correr para chegar ao céu”, afirma o motivador Tite.

Se existe otimismo de um lado, sobra “jogo de palavras” do outro. Felipão, sempre com o discurso pessimista, já chegou a dizer que seria impossível uma vaga na Libertadores via Brasileiro e, mesmo com as chances cada vez mais claras, usa o artifício de jogar o favoritismo para os rivais e tirar pressão de seu grupo para armar uma cilada aos corintianos. Ao falar da importância do jogo, diz: “Para mim, (a derrota não muda) nada. Para o torcedor, tudo. Tenho de pensar nos próximos jogos. Respeitamos o torcedor, mas temos uma programação que vamos seguir à risca”, desconversa. “O clássico tem importância idêntica para os dois, são três pontos que nos levam a uma condição melhor. Mas temos mais dificuldades no momento (por causa da Sul-Americana). São apenas 12 ou 13 jogadores treinando, e o Corinthians está zero-bala.”

O atacante Kleber ignora o discurso de Felipão, deixa o jogo de cena e diz que o clássico é o “confronto do ano”. Mesmo que não tenha taça em jogo, tirar o rival da briga seria uma conquista. “O Corinthians passa por algumas dificuldades, era líder e agora corre risco (de ficar fora do G-4). Temos de aproveitar isso.”