O presidente da Cooperativa de Crédito Rural para os Plantadores de Cana-de-Açúcar do estado de Alagoas (Coplan), Fernando Rossiter, vai a Brasília, no próximo dia 12, se reunir com dos plantadores de todo Brasil, para discutir a inclusão da cana-de-açúcar na Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) do governo federal. A reunião acontecerá na Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana).
De acordo com Fernando Rossiter a situação do produtor de cana, principalmente em Alagoas, é critica. “Enfrentamos uma crise muito difícil na safra 2008/2009. A liberação da subvenção, pela Conab, da subvenção de até R$ 5,00 para a cana com preço de mercado abaixo de R$ 40,92 por tonelada, reduziu as perdas dos produtores. Mas, hoje, a realidade é outra. Esse valor precisa no mínino ser reajustado acima de R$ 50. Precisamos de políticas públicas para o produtor continuar sobrevivendo”, diagnostica.
A recuperação do preço da tonelada de cana, nesta safra, não é suficiente para o produtor repor as perdas, explica Rossíter:”Precisamos sensibilizar o governo federal a manter a subvenção ou a incluir a cana na PGPM. Sem recursos pra fazer os tratos culturais nos canaviais, especialmente a a adubação, os fornecedores de cana de Alagoas estão enfrentando uma quebra de safra da ordem de 20% no ciclo 2009/2010. Isso signfica que deixamos de produzir 1,6 milhão de toneladas de cana, o que equivale a uma perda de R$ 80 milhões, no mínimo. É dinheiro que deixou de circular na mão do fornecedor e na economia de Alagoas”, informou.
O presidente da Coplan defendeu ainda a união entre as entidades ligadas ao setor na luta pelas políticas públicas para o setor. “Estamos todos no mesmo barco. Temos que unir forças. E nessa luta vamos precisar contar com o apoio da bancada federal de Alagoas, para pressionar o governo federal”, avisou.
Pela PGPM a Conab adquire por um preço mínimo os excedentes de produção do mercado, corrigindo as distorções de preços ao produtor, garantindo o sustento de sua renda e uma remuneração mínima para sua colheita.