As Ilhas Chatham, a cerca de 800 km da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, será o primeiro território do mundo a votar pelo planeta, com seu apagar de luzes. As ilhas encontram-se no primeiro fuso horário e, por isso, seus habitantes vão dar início ao ritual mundial de apagar as luzes para chamar a atenção sobre as mudanças climáticas.
Apesar da crise econômica, que tem sido o principal assunto na mídia, neste 28 de março as mudanças climáticas estarão onde devem estar: nos corações e mentes de milhões de pessoas ao redor do globo.
O teste do apagar das luzes do Estádio Ninho do Pássaro, símbolo dos recentes Jogos Olímpicos realizados em Pequim, já foi feito. E o governo de Xangai ofereceu todo o apoio para garantir a participação desta grande cidade na maior mobilização do planeta.
No Brasil, 79 cidades estão ajudando a divulgar a mensagem da Hora do Planeta. Esse número é extremamente expressivo, especialmente se considerarmos que a meta do WWF-Brasil era envolver três cidades, no máximo. Foi uma surpresa constatar o rápido e imenso envolvimento da sociedade brasileira nesse movimento mundial.
Muitos mais se envolveram ao redor do mundo. Estrelas de cinema de Bollywood, o coração da produção cinematográfica da Índia, e craques do críquete indianos ajudaram a espalhar a mensagem. Estudantes, corporações e estabelecimentos de ensino país afora se engajaram no movimento.
De um lado, no Mediterrâneo, as manchetes anunciam Acrópolis como o mais antigo monumento a fazer parte da Hora do Planeta, e mais de 300 cidades se engajaram ao movimento. De outro, no Cairo, as Pirâmides também terão suas luzes apagadas como parte da mensagem contra o aquecimento global.
Atualmente, os vídeos da Hora do Planeta são vistos a cada 0,8 segundos. Mais de meio milhão de pessoas nos sites de relacionamento e o termo Hora do Planeta e suas traduções estão aparecendo na internet dez vezes por segundo.
Nos Estados Unidos, o Embaixador da Hora do Planeta Ed Norton se reuniu com Larry King para conversar sobre a Hora do Planeta, enquanto Sir Alex Ferguson, cartola do Manchester United, usou a rádio local em Manchester para estimular as pessoas a acompanhá-lo e fazer parte da Hora do Planeta. Essa é uma pequena amostra do surpreendente sucesso que as equipes da Hora do Planeta têm alcançado ao engajar o futebol. No Brasil não foi diferente. Dois times do País também aderiram: o Flamengo e o São Paulo.
O coro Soweto Gospel estará celebrando a Hora do Planeta na Praça Mandela, em Johanesburgo, enquanto a banda Coldplay apresentará um concerto, realizado apenas com energias renováveis, em Abu Dhabi. Evento semelhante ocorre em Manaus, onde o Grupo Imbaúba fará uma apresentação do lado de fora do Teatro Amazonas, também com fontes alternativas de energia.
No Nepal, um time de montanhistas locais partirá para o Everest empunhando uma bandeira da Hora do Planeta, enquanto nos Territórios Palestinos e nas Maldivas a Hora do Planeta se ergue em função do poder persuasivo dos Escoteiros.
Há muito mais para compartilhar entre todos os 84 países que agora fazem parte da Hora do Planeta. As equipes do WWF ao redor do mundo estão empenhadas em capturar e compartilhar cada detalhe desse grande movimento mundial. Ainda assim, será impossível registrar tudo o que vai acontecer na noite do evento.
Agora só faltam algumas horas para o grande momento em que cada cidadão poderá dar seu voto pelo planeta. Depois de toda essa mobilização, ninguém vai querer ficar de fora.
Por que participar?
O ano de 2009 é crucial para o futuro do planeta, pois os países precisam assinar um acordo internacional com medidas para combater o aquecimento global.
Será um ano de mobilização para que os países finalmente assinem, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, na Dinamarca, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa.
No Brasil, o desmatamento das nossas florestas – principalmente Amazônia e Cerrado – é responsável por 75% das emissões de CO2, o principal causador do aquecimento global.
No entanto, as emissões de outras fontes, como agricultura, energia elétrica, entre outras, não devem ser menosprezadas dentro de um caminho de desenvolvimento limpo.
Então, agora é com você: apague as luzes da sua sala e mostre ao mundo que você cuida do nosso planeta!